Seneme cede à pressão e afasta terceiro árbitro em um mês por erros graves
O árbitro Bruno Arleu
Araújo (FIFA/RJ) é mais um que visita, por tempo não informado, mas que não
deve ser superior a duas rodadas, a ´geladeira Seneme’. O carioca foi afastado
pela Comissão de Arbitragem da CBF após marcar pênalti que resultou no gol da
vitória do Santos, por 4 a 3, sobre o Goiás, na Vila Belmiro, no último domingo (9).
A maioria dos integrantes da comissão de arbitragem da CBF entendeu que houve erro de Arleu ao marcar pênalti de Lucas Halter, do Goiás, sobre Joaquim, do Santos. O árbitro recebeu a sugestão do VAR para revisar o lance e mesmo assim manteve a decisão de campo.
Bruno Arleu não é o primeiro a ser punido com a geladeira na gestão Seneme. Só este ano, antes dele, Jean Pierre Lima (RS), Raphael Claus (SP) e Mayron Novaes (MA) - validou gol em que a bola não entrou na série D – foram afastados para reciclagem.
Aliás, Bruno Arleu conhece bem o caminho tortuoso da ‘geladeira Seneme’, pois esta é a segunda vez que o FIFA é afastado na administração do paulista. A outra vez foi também em jogo do Goiás, no empate por 1 a 1 com o contra o Fortaleza, pela 10ª rodada do Brasileiro de 2022, na Arena Castelão, no Ceará. Na ocasião, o árbitro carioca foi afastado após não marcar um pênalti do zagueiro Caetano, do Goiás, sobre Yago Pikachu, do Fortaleza.
Entre junho e julho do ano passado, o tom das cobranças de jogadores, técnicos e dirigentes subiu e sete árbitros foram afastados pela CBF, que tentava assim contornar mais uma crise envolvendo o setor. Na ocasião, além do FIFA carioca foram afastados Savio Pereira Sampaio (FIFA/DF), Rafael Traci (FIFA/SC), Emerson de Almeida Ferreira (MG), Marcus Vinicius Gomes (MG), Luiz Flávio de Oliveira (FIFA/SP) e Wagner Reway (FIFA/PB. A CBF teve que construir um puxadinho na geladeira para caberem todos.
Não há padronização para o afastamento de profissionais, seja quanto ao tempo na "geladeira", seja entender quais erros são passíveis dessa punição. Para alguns, como o paulista Raphael Claus, o castigo pode durar duas rodadas, outros são escalados nas divisões de acesso, mas para outros, a pena pode ser perpetua como a do maranhense Mayron Frederico que, com exceção de já estar designado como quarto arbitro na rodada seguinte, não foi mais escalado desde o gol irregular.
A ABRAFU – Associação Brasileira dos Árbitros CBF, que, segundo alguns, foi fundada para que o árbitro não apanhe calado, esta muda, quietinha e age como se nada estivesse acontecendo com seus associados. Como o corpo diretivo é composto por subservientes prestadores de serviços da CBF, a surpresa é zero para todos, pois caso pecam qualquer reclamação, entrarão na fila da 'geladeira Seneme’. Arleu e Claus, que são da diretoria, sabem bem o que é 'apanhar calado'.
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