ELE
VOLTOU!
Após ser vítima da vingança dos que tiveram os maus feitos
escancarados, o jornalista Paulo César de Andrade Prado, “Paulinho”, foi
libertado da prisão e está de volta para dar continuidade ao seu trabalho
Depois de 130
dias encarcerado em condições sub-humanas como se bandido fosse, eis que o destemido
jornalista Paulo César de Andrade Prado, mais conhecido como “Paulinho”, proprietário
do conceituado “Blog do Paulinho”, espaço que há nove anos luta contra todo
tipo de bandidos travestidos de dirigentes esportivos que infectam o esporte
brasileiro, foi libertado da prisão e já retornou sua luta diária onde promete continuar
com a mesma forma e conduta de sempre.
Detido de forma
arbitraria por agentes da 34ª DP (Vila Sonia) para prestar esclarecimentos
sobre denuncias contra um dirigente esportivo vagabundo que recentemente foi
apeado do poder em um grande clube de São Paulo, permaneceu preso para cumprir
sentença anterior de cinco meses e dez dias (por crime de difamação contra o advogado Antônio Carlos
Sandoval Catta Preta). Sentença absolutamente suspeita diga se de passagem
onde por ser em regime semi-aberto - tinha que dormir na prisão e trabalhar
durante o dia – permaneceu o tempo todo trancado e incomunicável.
Sou testemunha
deste fato, pois tentei visitá-lo e fui desencorajado por este motivo.
Conheci
Paulinho quando ainda nem era jornalista, mas já fazia suas denuncias no seu
espaço. Nosso primeiro encontro foi durante uma passeata “Fora Ricardo Teixeira”,
então integrante e chefe mor da casta dos piores dirigentes que tomaram de
assalto o esporte brasileiro. Tempos depois estive em sua radia, a Midia Cast, entrevistando
o ex-árbitro Euclydes Zamperetti Fiori.
Nunca escondi
de ninguém a admiração e respeito que tenho pelo trabalho realizado por este
moço. Bem informado, destemido, corajoso, investigativo, incisivo e acima de
tudo, sempre aberto a ouvir e dar espaço para aqueles que de alguma forma lutam
para que bandidos e malfeitores não se apodere de vez, seja qual for o segmento
do esporte brasileiro.
Com alegria e
esperança de dias melhores com a volta deste defensor, este simples espaço saúda
a liberdade do Blogueiro “Paulinho” e certamente a volta da luta diária contra os
poderosos que o calaram por certo tempo, mas, como querem, não conseguirão
silencia-lo para sempre!
Que seu
retorno seja frutífero Paulinho, pois a luta continua!
Abaixo o
relato do jornalista do ocorrido durante o tempo em que ficou preso.
“Eram
13 horas do dia 06 de julho quando este jornalista, retornando de um PetShop em
que havia adquirido um lindo Shih Tzu com apenas dois meses de vida (o nome é
"blog", por razões óbvias), teve seu veículo abordado, em movimento,
poucos metros antes de chegar em sua residência, por dois homens armados, até
então sem identificação.
A ação,
cinematográfica, de extrema violência, com ares milicianos, foi realizada por
policiais civis do 34º DP da Vila Sônia.
Este
jornalista, sem opção, freou o carro, ergueu as mãos e escutou: "Desce do
carro, Paulinho, caiu a casa..."
Abri a
porta com cuidado, ainda sem saber do que se tratava (pensei em tudo, desde
sequestro até execução) e, sem explicações, fui retirado do veículo como
se fora bandido, algemado com as mãos para trás, sob o olhar atônito de
comerciantes e transeuntes.
"Aqui
é polícia! Você sabe porque está sendo preso. Vai aprender a não mexer com quem
não pode", gritou um alucinado (com ares de drogado) agente, enquanto
levava-me para um desfile público pelo que restava do caminho da abordagem até
a garagem do meu prédio (a intenção, evidente, era de proporcionar humilhação),
em que observava o outro policial, mais ponderado, estacionar o veículo e
entregar a chave à chefe de segurança do local.
"Do
que se trata ? Cadê o mandado ?", questionei.
"Fica
na sua... a ordem está na delegacia, não crie problemas que vai ser pior",
respondeu o alucinado.
"Sem
mandado não vou. Preciso, ainda, deixar o cachorrinho com alguém. Acabei de
comprá-lo. É filhote, não posso deixar com estranhos, muito menos dentro do
carro", respondi.
"Dá
um fim nesse bicho, joga fora", disse o miliciano ao parceiro.
A
discussão foi intensa e consegui (se é que se pode tratar essa vergonha como conquista),
condicionar minha ida, sem "criar problemas", ao DP, a que
deixassem-me levar o "bloguinho" à casa de minha sogra (a intervenção
do policial menos violento foi fundamental).
Entrei
na viatura, ainda algemado, com o miliciano lutando para denegrir minha imagem,
proferindo bobagens para os moradores, entre as quais "olha o bandido que
morava ai e vocês nem sabiam", seguimos à residência de minha sogra (duas
quadras do local), quando, após avisada por telefone, encontrou-me naquela situação
deplorável.
Sem o
menor constrangimento (e humanidade), o covarde agente, em ação criminosa,
teve a coragem de jogar o cachorro (repito, de apenas dois meses) com um soco
lateral, nos braços da referida senhora, empurrando-a bruscamente na sequencia.
"Avise
à Fernanda (minha esposa) que estou sendo levado para o 34ª DP", concluí,
indignado, por sorte, algemado, o que impediu uma reação certa diante de cena
tão surreal e deplorável.
No
caminho para a Vila Sônia escutei diversas bobagens, mas que trataram, aos
poucos, de esclarecer o que, de fato, estava acontecendo:
"Mexeu
com o Aidar... ele vai por no seu rabo...", "quem financia seu
trabalho ?", "qual a senha do seu celular ?", "está
fudido... não vai sair mais...", "quem te passa as informações
?", "como consegue acesso a tantos documentos e dados sigilosos, nós,
para conseguirmos, temos grande dificuldade...", "você foi
caguetado... já era..."
Ao
chegar no distrito, fui levado, como se fosse prêmio, a outro desfile, em que o
policial gabava-se pela prisão, e levava-me aos diversos departamentos e salas
do local.
Somente
após alguma espera, colocaram-me em frente ao um escrivão, que disse ter sido
minha prisão uma ação policial para garantir depoimento em inquérito movido por
denúncia de Carlos Miguel Aidar, inconformado com publicações do Blog do
Paulinho.
Ou
seja, a constatação da arbitrariedade: um
jornalista é preso, sem mandado, por policiais civis, para prestar depoimento
num caso em que sequer foi intimado a depor.
Respondidas
as perguntas do tal inquérito, chega a notícia de que não poderiam me soltar
porque havia uma condenação solicitando minha prisão por difamação, numa pena
de 5 meses e 10 dias (absolutamente suspeita), em processo movido pelo advogado
Catta Preta.
Levado
à carceragem do DP, logo a imprensa foi avisada e começaram a chover ligações
ao distrito (jornalistas, dirigentes de clubes e, pasme, desembargadores
ligados ao Corinthians), motivando o delegado titular a descer e abordar-me:
"Cara,
você é famoso mesmo... o telefone não para... ligou a Globo, Uol, Terra, Romeu
Tuma, gabinete do Andres Sanches e até um desembargador de nome Ademir",
relatou, para depois, ato contínuo, ligar para um tal de "Milton",
que, tudo indica, seria o "Neves", confirmando, na minha frente, a
prisão.
Horas
mais tarde, após minha família correr para comprovar, com o diploma, meu nível
universitário, ficou certo que o único local que poderia me receber, no
momento, com alguma segurança, seria o 31º DP da Vila Carrão, que possui três
celas especiais (somente formados) com quatro camas e, no máximo, cinco pessoas
(uma dormiria no chão).
Porém,
durante a transferência, realizada por outros agentes, fez-se necessário (para
eles) o último ato de maldade (e tortura): colocaram-me, após o exame de corpo
de delito, algemado com as mãos para trás, na parte de traseira da viatura, que
foi dirigida, maldosamente, com diversos movimentos bruscos (inclusive
"cavalo de pau"), ação que ocasionou-me algumas lesões, além do
constrangimento de vomitar o carro inteiro, sem que pudesse controlar a
situação.
Espertos
(ou se achando), os policiais pararam o carro antes da chegada ao destino,
lavaram a viatura e depois colocaram-me, ainda algemado, cheirando azedo, no
banco de trás.
Ao
entrar no 31º DP, deparei-me com minha esposa, filho e duas mulheres, Doutoras
Danúbia Azecedo e Claudia Mantovani (ainda não sabia que eram advogadas), que
abordaram-me: "Fique tranquilo, somos sócias do Dr. Romeu Tuma Jr., ele
está indignado com sua prisão e será seu advogado, por favor, assine as
procurações.".
Na
sequencia, após conversarem com os policiais locais, cientificando-os de que
tratava-se da prisão arbitrária de um jornalista, não de bandido, as doutoras
despediram-se, avisando que tentariam livrar-me com um HC.
Eram
pouco mais de 20 horas quando uma carcereira escoltou-me até a minha cela, o
"X-3", local em que entrei apreensivo, sem saber o que esperar, mas,
por sorte, fui bem acolhido por três presos, Nelson, Herges e Leandro, que,
após tomarem ciência de minha história, trataram de apresentar-me, na manhã
seguinte, aos demais presos, não sem antes conversar com o sentenciado "Da
Sul", denominado "disciplina", que esclareceu-me regras e dicas
de comportamento para evitar problemas na prisão.
A noite
foi longa, dormi pouco, envolto em diversos pensamentos, mas ciente de que
precisava sobreviver para dar sequencia ao trabalho e continuar amparando meus
familiares.
Permaneci
no 31º DP por 44 dias, fechado (apesar da pena indicar regime
"semi-aberto"), em condições deploráveis de higiene, além doutros
desconfortos, mas, por sorte, acolhido até com alguma admiração pelos outros
presos (alguns vítimas de injustiças claras).
Neste
período, tive HCs negados pelo TJ-SP, STJ e STF (Ricardo Lewandowisky), que, de
maneira adversa ao que prevê a legislação, disseram não enxergar
constrangimento ilegal no fato referido acima.
Minha
permanência no local, que terminou numa transferência ao Presídio de Tremembé -
PII (um lixo), será detalhada num livro (ainda a ser escrito), embora, assim
como ocorreu neste relato, publicaremos, neste espaço, resumos do que
consideramos importante e essencial para o conhecimento público.
Nos
próximos dias, o leitor conhecerá a verdade sobre o "presídio das
estrelas", o comportamento do judiciário (principalmente a deplorável VEC
de Taubaté), além doutros pormenores que levaram um jornalista sério,
combativo, que acerta (bastante) e erra como todos, a amargar 130 dias de
cárcere, para deleite de malfeitores (e seus seguidores) por ele denunciados,
numa verdadeira ação de ataque contra a imprensa, repudiada pela grande maioria
da população, mas, lamentavelmente, pouco notada pela própria profissão”.
7 comentários:
Senhor Marçal
Boa Tarde
Qual o motivo de não ter citado o nome do ex-árbitro?
Senhor Marçal
Boa Tarde
Por qual motivo omitiu no nome do ex-árbitro a que entrevistaste?
Pelo simples motivo Fiori que no momento do post e peço desculpas pelo lapso, não me lembrei do seu nome completo. Mas já foi corrigido.
Obrigado pela participação e audiência.
Boa Noite
Senhor Marçal
Tomei conhecimento da matéria, através pagina Facebook do irmão do Paulinho, ao ver a omissão do meu nome, de imediato acessei sua pagina Blog, cliquei em comentários, onde efetuei a pergunta que originou sua correção quanto à omissão do meu nome.
Quanto à audiência! lendo e interpretando o acima, notaras a resposta.
Quanto ao esquecer meu nome, estou admirado! antes de publica-la, você poderia ter perguntado sobre meu nome ao Artur Alves Junior, de tratamos na entrevista; + tudo bem, coisa que não me permito fazer, ao mesmo tempo, tento compreender. No referente a audiência, saiba que por aqui aportei através pagina Facebook denominada: O Paulinho Voltou - que republicou sua matéria
Relaxa Fiori, nem tudo que reluz é ouro e nem tudo que aparenta ser é realmente o que achamos que é. Em breve saberá quem é quem! abs
Tenha certeza que minha luz é clara, continua e continuara até o fim de minha estada neste planeta,em todos os setores que participei e participo, buscando e praticando verdade; em especial, no obscuro e repugnante bastidor do futebol
Quanto a brevidade! espero que seja ontem,
Abraços
Postar um comentário