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no posto Ipiranga
Cooperados indignados com má gestão elege novo financeiro, trocam conselho fiscal e convocam assembleia para destituir atual diretoria da Cooperativa dos Árbitros do Rio de Janeiro
No dia 31 de maio, uma quinta-feira,
ocorreu assembleia para prestação de contas da Cooperativa de árbitros do Estado
do Rio de Janeiro (COOPAFERJ). Na reunião realizada no auditório da Federação
de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), vários fatos inusitados
aconteceram, teve lista com os nomes de quem podia entrar no prédio, cooperado
legalmente impedido de entrar, cooperado ameaçado de expulsão do recinto, aliado
se rebelando ou Rabelando, dirigente dizendo que não sabia onde estava o
dinheiro e, pasmem, sequer sabia até mesmo que era dirigente.
O cooperado José
Alexandre Barbosa Lima, ex-membro da comissão de ensino da COAF foi barrado na portaria
da FERJ, pois só subia para o primeiro andar quem estava na listagem. A
alegação foi que ele não pertence mais ao quadro da cooperativa.
A assembleia foi aberta
com a indicação de Sérgio Montovani Cerqueira para presidir os trabalhos
acompanhado na mesa pelo presidente Messias José Pereira e pelo contador Neftali
Moraes.
O edital de convocação aponta
o numero de 567 cooperados da Coopaferj, destes, cerca de quinze ou pouco mais,
estiveram na assembleia e a grande surpresa foi à presença Péricles Bassols
Pegado Cortez, árbitro FIFA do de Janeiro e histórico aliado de Jorge Rabello,
que segundo informações de bastidores, seria o verdadeiro mandatário de tudo
que é feito e desfeito na cooperativa. Bassols teve atuação destacada na
assembleia se RABELLANDO e por algum motivo ainda não desvendado, contraria a direção da
cooperativa, o que não tinha ocorrido até então. Bassols não só questionou os
dirigentes, mas como liderou outros poucos e corajosos cooperados que buscavam
explicações de onde estava o dinheiro deles descontados nas partidas que atuaram.
Dando inicio aos
trabalhos, Montovani leu o edital e deu andamento na pauta passando a palavra
ao contador. Segundo os gráficos apresentaram em PowerPoint e narrados por
Neftali, a Coopaferj deu lucro em 2015 de R$ 4.150,62. Valor oriundo de uma
arrecadação de R$ 375.040,60 contra uma despesa de R$ 370.890.08.
Para evitar saia justa
devido às ultimas denuncias de não pagamento de tributos por parte da
cooperativa, só foram aceitas perguntas e indagações relativas a assuntos
relacionados no edital de convocação (prestação das contas de 2015, eleição
diretor financeiro e eleição conselho fiscal). Isso causou enorme
constrangimento e principio de tumulto quando o cooperado Estevão Cunha da
Trindade perguntou sobre INSS. Segundo informações de pessoas que estavam
presente na areunião, Estevão foi ameaçado por Montovani de ser expulso da
assembleia se insistisse com assuntos fora da pauta e os demais cooperados o
convenceram a permanecer calado para que assim não fosse dado motivo para a suspensão
da assembleia, o que visivelmente queriam os dirigentes naquele momento.
“Todas as assembleias
foram publicadas em edital, no site da Coopaferj, no site do sindicato e
algumas no site da COAF” – disse Montovani
respondendo a Estevão.
Com o fim da discussão
acalorada, Péricles questionou os itens apresentados como despesas sem
especificações, entre eles salários e ordenados e pediu a apresentação das
notas fiscais ou equivalente comprovando os gastos. O FIFA queria saber de
forma discriminada, quando foi aprovado e quem aprovou as despesas. Péricles
ainda questionou porque a cooperativa gastou cerca de 40 mil com despesas com a
sede em saquarema se, segundo ele, é em um endereço com um monte de empresas
para reduzir custos.
Outro ponto abordado
por Bassols foi outros 40 mil gastos com a manutenção dos rádios de comunicação
usada pelos árbitros nos jogos. Segundo o FIFA, essa despesa seria de
atribuição da FERJ. Péricles ainda questionou a manutenção informando que os rádios
falham constantemente nos jogos e que usam os mesmo fones de ouvido desde 2010.
Indagado o que teria
feito com o dinheiro do INSS descontados dos árbitros em borderô, Messias teria
informado que foi utilizado como empréstimo para pagamentos de taxas de
arbitragem dos campeonatos da FERJ quando esta estava com as contas bloqueadas
pela justiça.
O ex-diretor financeiro
Willian Nery, disse que duvidava que a FERJ devesse qualquer valor a Cooperativa.
Fato confirmado pelo contador Neftali Moraes que disse que o empréstimo tinha sido
quitado.
Um dos cooperados
indagou sobre fundo de reserva, pergunta respondida pelo contador que teria
afirmado existir, mas que não poderia dar detalhes por não te o valor exato
naquele momento.
Segundo informações, o
ex-diretor financeiro, Willian Nery e o Presidente Messias Pereira, afirmaram
que não tinham conhecimento do movimento financeiro da cooperativa.
“Na verdade arbitragem
é um tanto quanto complicado porque as pessoas não se unem né! E quem esta no
poder é unido” – Estevão Trindade.
Em um ponto destacado
da assembleia, Péricles pressionou Messias Pereira para que este falasse onde
estava o dinheiro descontado das taxas dos árbitros que segundo a o contador
teria sido quitado pela Federação. Messias respondeu que estava emocionalmente
abalado naquele momento, que não poderia responder e que os cooperados fizessem
essa pergunta ao diretor administrativo (Jorge Rabello).
Segundo ainda Messias,
no dia 11 de março, recebeu comunicado de Rabello onde o mesmo informava que
Messias era o responsável e que ele não tinha nada a ver com isso.
Como ato concreto, por
decisão unanime dos cooperados, foi eleito Péricles Bassols como diretor
financeiro e aventada a possibilidade de destituição de toda diretoria atual, fato
só não confirmado por não constar no edital. Em ato continuo um novo conselho
fiscal foi eleito com a destituição do antigo que assim ficou:
Novo
conselho eleito: Luiz Claudio Regazzone, Daniel
Oliveira, Thiago Farinha, Itande Carneiro de Mendonça Filho e Daniel Alexandre.
Antigo
conselho destituído: Daniel de Souza Macedo, Tevaldo Lemos
Corrêa, Carlos Eduardo Nunes Braga, Daniel Wilson Barbosa de Castro, Wendel de Paiva
Gouveia e Ivan Silva Araújo.
Nenhum deles estava presente na assembleia com exceção de Carlos Eduardo Nunes Braga, membro do conselho desde a fundação da cooperativa, que chegou quando já tinha sido destituído do cargo. Braga teria alegado que não tinha conhecimento que fazia parte do conselho, que nunca aprovou seu nome e que não compareceu a qualquer reunião do conselho fiscal para aprovar contas.
Nenhum deles estava presente na assembleia com exceção de Carlos Eduardo Nunes Braga, membro do conselho desde a fundação da cooperativa, que chegou quando já tinha sido destituído do cargo. Braga teria alegado que não tinha conhecimento que fazia parte do conselho, que nunca aprovou seu nome e que não compareceu a qualquer reunião do conselho fiscal para aprovar contas.
Ficou decidido ainda que
por não haver parecer do conselho fiscal, as contas referente exercício 2015 não
foram aprovadas com a convocação de uma nova assembleia no próximo dia 18 de
abril para apreciação das contas, votação da destituição da atual diretoria por
má gestão e outras deliberações.
Estou
emocionalmente abalado neste momento e não poderei responder sobre esse
assunto. Não sei onde esta o dinheiro, pergunte ao Rabello –
Messias Pereira.
Cooperados presentes na
assembleia: Péricles Bassols, Estevão Cunha da Trindade, Rodrigo Corrêa, também
conhecido como ‘palmito’, Thiago Farinha, Daniel Oliveira, Itande Carneiro, Luiz
Claudio Regazzone, Jorge Roxo, Daniel de Oliveira, Rodrigo Carvalhaes de
Miranda, Wagner Magalhaes, Wagner Rosa, Leandro Newley Ferreira Belota, João
Batista Arruda, Carlos Eduardo Nunes Braga, Rodrigo Jóia e outros.
O que eles disseram:
O blog do Marçal
procurou as principais pessoas envolvidas e citadas na assembleia. Leia abaixo o que elas
falaram.
José Alexandre: “Sim, fui barrado pelo Messias por segundo
ele estar fora há três anos, mas não é verdade, pois só me desliguei da
comissão de ensino da COAFFERJ em 2015. Não solicitei desligamento e nem recebi
nenhum informativo de exclusão da cooperativa”.
Péricles
Bassols: Minha luta é pelo que descobri da cooperativa, a
aposentadoria dos árbitros esta sendo roubada. Esse é o motivo da minha revolta.
Estevão
Trindade: Na verdade ele (Montovani) ameaçou encerrar a
assembleia caso eu continuasse a contestar por eu não ter pagado a anuidade
desse ano. É uma situação um tanto que complicada porque ninguém quer se expor.
Na verdade arbitragem é
um tanto quanto complicado porque as pessoas não se unem né! E que esta no
poder é unido. As pessoas fora do poder, quem esta contestando, que deveriam se
unir não se unem.
Também procurados, Jorge
Rabello e Wilian Nery não responderam o contato até o fechamento deste post.
Frase: “O dinheiro não
só fala como faz muita gente calar a boca” (Millôr Fernandes).
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