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terça-feira, 5 de abril de 2016

40ª assembleia da ANAF
Muitas discussões, poucos avanços e nenhuma definição
Foto oficial do evento sem corte

No ultimo final de semana, dias 1 e 2 de abril, foi realizado a 40ª assembleia de trabalho da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF). O evento que foi realizado nas dependências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), contou com a presença de dezesseis presidentes e representantes de sindicatos e associações de árbitros de todo país.
Os presidentes de sindicatos foram: Luiz Carlos Câmara Bezerra (RN), Fernando José Castro Rodrigues (PA), Paulo Pereira (RO), Edson Antônio (GO), João Lupato (MS), Elicarlos Lima (PB), Arthur Alves Junior (SP), Hélio Prado (SC), Carlos Alberto Nunes Castro (RS), Arilson Bispo da Anunciação (BA), João Lucas (CE), Ronaldo André Bento (MG), Gilsomar Lopes (AC). 


Cerimônia de abertura
Ivaney Alves de Lima (SE) e Adriano Milczevisk (PR) representaram as associações de árbitros das quais são presidentes. Já Douglas Lino da Silva (AL) representou o sindicato de Alagoas.
Marco Martins (Presidente da ANAF) comandou os trabalhos contando com apoio de Salmo Valentim (Diretor Tesoureiro), Wagner dos Santos Rosa (Diretor Jurídico) e Almir Alves de Mello (Secretario Geral).
Também esteve presente no evento Ciro Camargo (RS) que falou sobre as cartas sindicais dos estados, Sérgio Cristiano que falou sobre escola de arbitragem, Marcineia Aparecida Oliveira (RO) que acompanhou o presidente do sindicato rondoniense na condição de secretaria e Ivan Carlos Bohn acompanhando o presidente da Associação dos Árbitros Profissionais do Paraná (APAF).
Os presidentes dos estados do Espirito Santo, Tocantins, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Amazonas, Maranhão, Roraima, Amapá, Piauí, Pernambuco e Mato Grosso não estiveram presentes e nem enviaram representantes.
Obs. Nenhum árbitro catarinense esteve presente nos dois dias do evento.
Os trabalhos da 40ª Assembleia de Trabalho da ANAF foram abertos na sexta-feira com plenária dos presidentes. Logo após, às 20hs, foi realizada a cerimonia de abertura com a presença de autoridades e representantes dos sindicatos com a mesa assim sendo composta: Delfim Peixoto (Presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Alexandre Beck Monguilhott (Presidente do TJD/SC), Carlos Crispim (Associação dos Clubes de SC), Hélio Prado (Presidente em exercício do Sinafesc), Fernando Castro (representante da CBF) e Luciano Hostins (representante da Procuradoria Geral do STJD).

Galeria de fotos do evento.



Os trabalhos prosseguiram no sábado (2) com debates de vários temas relevantes para a arbitragem brasileira, entre eles o direito de imagem com a conquista através do pagamento de 0,5% da arrecadação dos jogos da Primeira Liga aos árbitros que participam da competição. Os representantes dos árbitros, devidamente qualificados com as eleições nos sindicatos, decidiram que o repasse entre os árbitros do direito de imagem será de forma igualitária independente da função exercida.
Com exceção do direito de imagem e do projeto da escola de arbitragem apresentada em uma breve explanação pelo instrutor CBF Sérgio Cristiano, o avanço em relação aos assuntos em pauta não tiveram nenhum progresso em relação as reuniões anteriores. Como novidade, Cristiano recebeu proposta da ANAF - a qual estuda - para desenvolver e ser o responsável direto pela implantação da escola de arbitragem da entidade que visa principalmente a formação de baixo custo e a formação a distancia abrangendo vários segmentos da sociedade, principalmente os que atuam na área esportiva.
Ficou definido ainda que a primeira reunião de trabalho de 2017 será realizada em Rio Branco no Acre nos dias 31 de março, 01 e 02 de abril. Uma conquista para o estado da região norte que além de abrigar a assembleia, contará com a presença dos principais dirigentes do apito brasileiro.  O evento será levado pela segunda vez à região norte - Belém do Para foi sede em 2013 - devido a participação ativa nos dois últimos anos de Gilsomar Lopes, Presidente do sindicato local.
Destaques
Positivo
A participação de Paulo Pereira (foto abaixo), presidente do sindicato rondoniense, que mesmo participando pela primeira vez e tendo como guarda costas sua esposa/secretaria, não se intimidou, foi bastante incisivo, bateu na mesa e exigiu atenção de todos para suas colocações inteligentes e quase que sempre serenas e pontuais. 


Paulo Pereira
A continuar assim, a 40ª assembleia de trabalho da ANAF proporcionou o nascimento de mais  mais um líder para a categoria!
Negativo
A participação de Arthur Alves Junior (Presidente do sindicato paulista) que reapareceu em uma reunião da entidade - da qual inexplicavelmente ainda é vice-presidente - desde que foi acusado de assedio sexual e moral por árbitros associados do sindicato que dirige. Arthur se portou como um cachorro acuado, bem diferente das reuniões anteriores onde ditava o rumo das conversas com suas indagações que sempre terminavam em debates acalorados.
Sempre de cabeça baixa, semblante depressivo e visivelmente envergonhado, o dirigente sequer podia ser ouvido por todos devido a fala baixa, conteúdo dispensável e sem nenhuma importância para as discussões.
Arthur Alves Junior
Em nenhum momento, nem Alves Junior ou qualquer outra pessoa presente no encontro mencionou algo sequer sobre as acusações que recaem sobre o dirigente paulista que se porta como um zumbi, que mesmo aparentemente morto, esta sempre pronto para dar o bote em busca de algo que o ressuscite. O sentimento de pena pela figura acuada e moribunda do dirigente, agregado ao corporativismo de todos que assim se tornaram coniventes, fez com que se perdesse a oportunidade para que os fatos fossem esclarecidos para decisões serem tomadas. 
A classe, unica que não se permite o erro, que ‘não basta ser honesta, mas precisa parecer honesta’, onde a grande maioria são pessoas de bem, que luta todo dia para provar credibilidade e ganhar respeito, perdeu uma grande oportunidade ao ser incapaz de cortar na própria pele ou até mesmo ter a coragem de abordar um assunto tão grave que envolve acusações de crimes que, se provados, poderá até mesmo levar um dirigente seu para trás das grades.
Os exemplos como os da CBF onde um ex-presidente esta preso e o atual  (licenciado) sem sair do país com medo de tomar o mesmo caminho, os das grades, pelo jeito não serviram de lição e a covardia em investigar seus próprios dirigentes só trás duvidas sobre as reais intenções da entidade. 
Frase: “O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não” (Mahatma Gandhi).

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