O
que eles disseram!
Na Coluna do Fiori do
dia 26 de novembro, no post “Papo/entrevista
com Arthur Alves Junior”, publicada no Blog do Paulinho, o
Presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (Safesp),
Arthur Alves Junior, fez comentários explicando a relação de trabalho ou
prestação de serviços, como ele disse, firmado em contrato de prestação de
serviços entre Marcelo Marçal e o Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado
de São Paulo (Safesp). Como fui citado, gostaria de usar este espaço para prestar
alguns e merecidos esclarecimentos trazendo à luz do dia a verdade dos fatos.
Claro que não sou o dono da verdade, mas posso provar, inclusive com áudios de
tudo que aqui relatar.
Meias verdades
O que disse o colunista
O Colunista autor do post, Euclydes Zamperatti Fiori,
talvez por desconhecimento das necessidades e opções de escolhas de um site
para publicar matérias, disse que não publiquei matéria com áudio captado para
uma entrevista que fiz com ele por conta de ter havido uma reaproximação entre
mim e o presidente do Safesp. O que não é verdade.
Na ocasião da entrevista eu ainda nem sonhava em
voltar a trabalhar com Arthur. A matéria não foi publicada pelo simples motivo
que o conteúdo coletado não traria nenhum fato novo, algo de concreto que
pudesse chamar a atenção dos leitores e por haver outros assuntos que poderiam
dar mais repercussão na época. Tempos depois e após ser informado que havia
esse pensamento, procurei o áudio para publicar e assim tirar as duvidas, mas
lamentavelmente foi deletado e uma copia do conteúdo gravado nos estúdios do
Blog do Paulinho foi enviada a mim, mais infelizmente nunca chegou à minha caixa
postal.
O que disse Arthur
Por sua vez, Arthur diz no áudio que me demitiu no dia
da sua posse, o que em parte é verdade e explico a seguir: Na noite da posse
realizada no salão de eventos da Federação Paulista de Futebol (FPF), já no
final da festa que foi dada na sede do sindicato e já alterado pela grande
quantidade de álcool ingerido, o presidente recém-empossado se aproximou de mim
dizendo que tinha algo para me falar e antes de qualquer coisa eu disse a ele
que sabia do que se tratava, pois já tinha sido alertado por outros que, apesar
de pessoalmente me dizer o contrario, ele não iria continuar com meus
trabalhos. Disse a ele que entendia a situação e deixei-o a vontade para
dispensar meus serviços se assim fosse sua vontade. Desejei boa sorte na sua
gestão que estava iniciando naquele dia, pedi que ele nunca traísse a confiança
depositada nas urnas pelos associados, mas que esperava ser indenizado pelos
longos anos de dedicação e serviços por mim prestados a entidade que agora ele
presidia.
Arthur me disse que poderia ficar sossegado, que a
entidade e ele saberiam recompensar minha dedicação, fato que nunca ocorreu,
pois nunca recebi um centavo sequer do que me era devido de indenização na
época. Inclusive cheguei a acionar a entidade na justiça, mas fui convencido
pelo ex-presidente a retirar a ação, fato que me arrependo até hoje devido à
forma como ele administrou a entidade desde então e pelo desinteresse que os
associados têm com o patrimônio que é deles e que vem sendo delapidado dia após
dia sem que alguém faça algo para impedir.
Para que entendam, comecei meu trabalho no Safesp em
2004 quando a pedido do então presidente Sérgio Corrêa desenvolvi e implantei
na internet o site da entidade gerando economia de quatro mil reais bimestral à
época, valor que era gasto com a impressão do jornalzinho do apito que era
confeccionado mensalmente e enviado aos associados.
Contrato
Permaneci afastado do sindicato até 2014, quando na
ocasião da Copa do Mundo, recebi diversos telefonemas do presidente - tenho
testemunhas se preciso - me convidando para voltar a trabalhar com ele, dizia
ele que precisava de mim e que minha volta contribuiria para o engrandecimento
da entidade. Recusei o convite varias vezes argumentando que tinha uma linha
diferente, de criticas e que não concordava com muitas coisas que ele realizava
no sindicato. Também argumentei que tinha publicado varias matérias criticando
sua gestão e que por esses motivos minha contratação pelo sindicato traria
perda de credibilidade pra mim e que não mudaria a linha critica e isenta em
hipótese alguma. Para meu espanto o mesmo disse não se importar com as
matérias, com as criticas e que se eu aceitasse o convite teria toda liberdade
e isenção para escrever o que quisesse desde que não fosse no site do
sindicato. Fato que realmente aconteceu, pois no período de pouco mais de um
ano que lá permanecei, nunca sofri qualquer tipo de pedido ou censura pelo que
publicava no Apitonacional e Blog do Marçal.
Obs. O acordo foi firmado em contrato de prestação de
serviços assinado por mim (Marcelo Marçal), pelo presidente do Safesp (Arthur
Alves Junior), pelo vice-presidente (Leonardo Schiavi Pedalini) e pelo diretor
tesoureiro (Carlos Donizeti Pianosqui). Contrato esse que apesar das três
copias, nunca foi me dado uma com a desculpa que teria que ser registrado
antes.
Denuncias
Permaneci trabalhando no sindicato até dezembro de
2015 quando publiquei as denuncias relatando assedio sexual e moral no Blog do
Marçal que acabaram resultando na demissão do dirigente do cargo de membro da
comissão de arbitragem que exercia na Federação Paulista de Futebol (FPF). Uma
semana antes das denuncias serem publicadas, fui à sede do sindicato onde em
reunião expus tudo que estava ocorrendo ao Arthur. Falei das informações que
corria nos bastidores, que eram acusações muito graves e apresentei os áudios
que tinha recebido (de uma árbitra, de um assessor e da ex-secretária). Disse
que isso traria um escândalo com consequências graves e inimagináveis para ele.
Disse também que entendia que ele deveria renunciar ao cargo de presidente do
Safesp para preservar a categoria, a entidade, seus familiares e assim poder se
concentrar na sua defesa. Se é que existisse como!
Ele respirou, pensou e no auge da sua arrogância
disse que não tinha feito nada, que não renunciaria e que podia fazer a matéria
que não ia dar em nada. O resto todo mundo sabe no que deu.
No dia 4 de dezembro, três dias depois da matéria que
denunciou o assedio, recebi pelos correios carta notificando meu desligamento
do Safesp (acima). Um dia após a denuncia a FPF demitiu Arthur do seu quadro de
funcionários.
Porque aceitei
Sempre me perguntam por que aceitei trabalhar no
Safesp, porque fiz as denuncias e tem uns que me rotulam como traidor. Para
essas pessoas respondo em três partes que são:
1º Aceitei pela proposta financeira que na época era o
triplo do valor pago a mim por outras entidades e eu como pai de família
precisava e preciso pagar minhas contas. Nenhum dos que me criticam em qualquer
ocasião deu um centavo sequer para ajudar a manter o trabalho que desenvolvia e
desenvolvo a duras penas até o dia de hoje.
2º Todas as condições que pedi para aceitar o trabalho
foram colocadas no contrato de prestação de serviços. Entre elas liberdade e
isenção para desenvolver meu trabalho no Apitonacional e Blog do Marçal pelo
qual não poderia ser responsabilizado e liberdade para trabalhar em outros
sites. Também levei em consideração o enriquecimento do meu currículo que seria
proporcionado com o meu trabalho na maior entidade sindical de árbitros do
país, pelo menos no nome, e pela aproximação com as lideranças da categoria que
me deu conhecimento, farta informações transformando meus veículos de
comunicação em lideres de audiência e de credibilidade.
3º Como mencionei acima, quando da ocasião das
matérias denunciando assedio sexual e moral, Arthur foi o primeiro a saber do
conteúdo das denuncias contra ele quando apresentei todo material coletado
dando o amplo direito de resposta. Lamentavelmente ele não quis se defender.
Mesmo assim, com a matéria já pronta, liguei para ele, tenho áudio, dizendo que
ia publicar e se ele quisesse falar algo sobre o assunto, o momento seria
aquele e mais uma vez ele não quis se pronunciar.
Sergio Corrêa
No áudio, Arthur diz que me contratou a pedido de
Sérgio Corrêa. Desconheço essa informação e fato nunca dito a mim nas diversas
ocasiões que estive junto com o ex-presidente da comissão nacional de
arbitragem. Lembro que pouco antes da posse em abril de 2011, Arthur me informou
que a pedido do Sérgio eu continuaria trabalhando no sindicato e afirmou ‘que
não mexeria com ninguém que trabalhava com o ex-presidente’. Logo depois
demitiu a todos!
Honraria
Quando afastado do sindicato e após varias matérias
denuncias contra o dirigente, durante uma assembleia com associados, foi votada
e aprovada uma monção me tornando ‘persona non grata’ da arbitragem. Em
contrapartida, tempos depois, mais precisamente no dia 30 de maio de 2012, fui
condecorado com a maior honraria da casa, com a medalha 9 de abril, entregue
pessoalmente por Arthur Alves Junior por relevantes serviços prestados a
arbitragem (foto abaixo).
Justiça
Arthur já mencionou diversas vezes que esta
acionando seus denunciantes na justiça por conta da matéria de assedio sexual e
moral. Com exceção de ter sido intimado para comparecer na 23ª delegacia de
Perdizes para prestar esclarecimentos, afirmo que até o presente momento não
fui notificado de nenhum processo por parte do presidente ou da entidade
Safesp, mas que caso isso ocorra, será um enorme prazer, pois poderei
disponibilizar para a justiça todo conteúdo coletado na ocasião.
Frase: “Ontem eu acreditava em todas as mentiras,
hoje eu duvido de todas as verdades” (M. L. Cavalcante).
Um comentário:
Testemunha vc sabe que já tem!
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