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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Porque a arbitragem de Pernambuco não evoluí?

Árbitros de outros estados, diversos presidentes de comissão e conselhos de Rabello não surtiram efeitos desejado pelo gestor e enxugador de gelo Murilo Falcão

Diego Fernando apitou a final entre Santa Cruz e Salgueiro - Crédito: Anderson Stevens/Sport 

No último final de semana e no meio desta semana tivemos finais de campeonatos importantes como Copa do Nordeste e os campeonatos pernambucano e alagoano. Em dois deles, Copa do Nordeste e Alagoano, os árbitros fizeram aquilo que se esperavam deles ao saírem de campo no apito final de forma discreta e sem serem notados recebendo os elogios da critica após as partidas.

Já em Pernambuco, também ocorreu o que se esperava, ou seja, arbitragem confusa, lances polêmicos e muitas reclamações dos clubes. Por mais que tente, por mais que gaste, a Federação Pernambucana de Futebol não consegue revelar um árbitro local de qualidade e quando surge algum talento, logo é posto como salvador da pátria, sente o peso e se queima.

Foi assim com o jovem árbitro Diego Fernando de 34 anos e espero que tenha forças para se recuperar, pois outros salvadores da pátria como Gleidson Lopes, Luiz Sobral,  Gilberto Castro e José Washington, não tiveram e hoje perambulam escondidos como múmias em partidas inexpressivas tanto a nível local como nacional.

A FPF vem enxugando gelo a anos no que diz respeito a arbitragem e continuara enquanto seu maior gestor, Murilo Falcão, segundo vice e diretor de competições da atual gestão, continuar palpitando nas escalas dos árbitros. O CEO da FPF palpita em tudo, inúmeros presidentes de comissões passaram nos últimos anos na FPF, mas na realidade não passaram de ventríloquos repassando as ordens de Murilo. Ele que escolhe quais árbitros entra e deixa o quadro local e nacional, escolhe quem apita e quem deixa de apitar e tenta até mesmo influenciar na escolha internacional tentando ano após ano emplacar o bom assistente Clóvis Amaral no quadro da FIFA.

O ultimo bom árbitro do estado, que foi FIFA durante anos, Wilson Mendonça, é persona non grata e odiado na sede da entidade por criticar o trabalho desta gestão. Wilson foi polêmico com o apito e não menos com o microfone, mas fazendo uma alto crítica no trabalho realizado nos últimos anos, será que ele não tem razão? A FPF é uma das federações que melhor paga taxas de arbitragem no país, investe pesado na formação e no treinamento dos seus árbitros, mas mesmo assim, ninhada após ninhada, nenhum ovo vinga. Por que será! Culpa da galinha ou do galo!

Criticas a atual gestão da FPF tornaram o ex-FIFA Wilson Mendonça 'persona non grata' na FPF - Crédito: Marceloec.com.br

Só lembrando, esta mesma gestão já levou a toque de caixa, pagando valores absurdos, a árbitros de outros estados como Marcelo Henrique, Sandro Ricci e Péricles Bassols. Todos eles com taxa FIFA e outras regalias de verdadeiros reis e faraós. Teve ainda a bela catarinense Fernanda Colombo, que foi contratada unicamente para afasta-la da perseguição em seu estado natal, pois tinha como atributo seus belos pares de olhos e corpo de modelo para promover o campeonato, mas não tinha talento com a bandeira nas mãos, o que pode ser comprovado pela carreira abreviada por erros históricos. 

Os forasteiros não tem culpa, pois bom ou ruim, fizeram o trabalho para o qual foram contratados. Mas a gestão de Murilo Falcão, envaidecida pelos escudos FIFA que não conseguia com seus árbitros e pela mídia momentânea que trazia, não previu que eles, além de não trazerem nada de ganho imediato tendo em vista que cometeram erros e sofreram as mesmas criticas dos locais, não deixariam nenhum legado a arbitragem local. Um deles era tão estrela que chegava no aeroporto de manhã, ia para o luxuoso hotel Transamérica na belíssima praia de Boa Viagem, atuava no jogo e do estádio seguia direto para o aeroporto levantando voo com sorriso de deboche no rosto e com os bolsos abarrotados pela alta taxa que recebia.

Até aos conselhos do então presidente da comissão de arbitragem da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ), Jorge Rabello, o gestor da FPF recorreu. Inclusive corre nos bastidores que teria sido o carioca que sugeriu o nome de Sebastião Rufino Filho para o cargo que ocupa em sua ida a Recife. 

Murilo Falcão é o gestor principal da FPF à décadas - Crédito: Rafael Bertanha

O resultado não poderia ser outro, a má gestão resultou em uma década perdida e pelo que vimos nos jogos deste estadual, a próxima também está sendo comprometida. Enquanto isso, os dirigentes se blindam para se perpetuarem no poder, afastam quem faz criticas, adoçam a boca dos puxa-sacos e vão continuar importando árbitros de outros estados para os jogos decisivos.

Se o manda chuva da FPF quiser mudar o cenário, é passado a hora de ter humildade e ouvir as criticas, até mesmo se preciso for de seu opositor Wilson Mendonça, pois elas falam e como diz sabiamente um dos dirigentes que passaram pela CEAF/PE, "O homem que não aceita ser criticado não evolui. Ele se torna um poste que não sai do lugar". (Salmo Valentim).

Como disse Santo Agostinho: ‘Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem’.

Um comentário:

Unknown disse...

E isto acontece em vários estados do Norte/ Nordeste, como o do Pará, coronel Nunes, que até presidente da CBF foi, mas só estava preocupado com suas regalias e viagens por conta da entidade. E o pensamento destes dirigentes daqui é o mesmo, se perpetuar no poder em troca de passeios e outras coisas mais que o trem da alegria da CBF proporciona à eles...