Safesp e
a inversão de valores!
Na última semana prestei depoimento no 23º DP, região de Perdizes, acerca de esclarecimentos em Inquérito Policial nº 1518348-41.2020.8.26.0050 movido pelo Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo a pedido de sua presidente em exercício Regildenia de Holanda Moura e que nomeou como advogado e procurador Aurélio Sant´Anna Martins, presidente licenciado da entidade em virtude de concorrência à cargo eletivo na próxima eleição. O inquérito tem como testemunhas o Diretor do Safesp Financeiro Fabrício Porfírio e o profissional em Tecnologia de Informação Daniel Destro do Carmo.
Da acusação
O Safesp acusa-me de ter agido como hacker e invadido os computadores do sindicato paulista e suas contas de e-mails, em virtude de matéria veiculada neste Blog (leia), onde relato as relações profissionais (até então sigilosas) entre o presidente do Sindicato e o seu técnico de informação que durante toda a campanha eleitoral foi o marqueteiro e principal articulador da chapa liderada por Sant’Anna. A matéria trás detalhes, expõe e contradiz o que até então era a versão oficial de que Daniel Destro não tinha nenhum vínculo com a entidade e que o site da entidade tinha sido reformulado gratuitamente por empresa ligada à Daniel Destro. Os detalhes e os documentos publicados são provenientes de uma fonte muito próximo a entidade ao qual tenho o direito por lei e o dever profissional de preservar o sigilo da fonte.
As testemunhas
Testemunha 1
O Sindicato indicou duas testemunhas sendo o primeiro o diretor
financeiro, Fabrício Porfírio de Moura, o qual, segundo os autos deverá
confirmar não ter conhecimento de contrato entre a empresa de Daniel Destro e o
Safesp.
Aqui aponto mais um absurdo, entre os tantos, da atual administração: onde já se viu o diretor financeiro não ter conhecimento de despesas da entidade, uma vez que estatutariamente compete a ele assinar as receitas e despesas conjuntamente com o presidente. Como o sindicato contrata e assina um contrato sem o parecer ou conhecimento do departamento financeiro? Veja no print abaixo trecho do inquérito onde fica provado o relatado acima.
Testemunha 2
A outra testemunha indicada para ser ouvida no referido IP é Daniel Destro do Carmo, o atual responsável pelo site do Safesp e citado na matéria que desencadeou toda esta situação com modus operandi de conhecimento de todos do meio da arbitragem.
O Safesp apresentou perícia técnica particular, realizada pela empresa de Daniel Destro como principal indicio da denúncia. A perícia juntada aos autos, além de não provar nada, será contestada e derrubada facilmente, pois quisesse o Safesp agir dentro da lei e com a seriedade que o assunto e a acusação merecem, teria realizado com empresa isenta, externa ou pedido perícia judicial.
No emaranhado de teses do relatório, Daniel Destro nos esclarece ainda o “modus-operandi” do presidente Aurélio Sant´Anna ao escrever que ele é quem suspeita de ter sido vítima. Se suspeitava, por que ele que atua na área do direito não representou os interesses do Safesp antes de licenciar-se, pois teve quase seis meses para tomar esta iniciativa.
Teoria da conspiração!
Destro, no relatório de perícia afirma não ter realizado nenhum tipo de verificação nos computadores do Safesp e sim de adotar uma técnica de verificação e de obtenção de dados de computadores de terceiros, no caso eu, e associados (Arthur Alves e Douglas D’Andréa) suspeitos de hackear os computadores da entidade, ou seja, em meu entendimento, quem cometeu desvio de conduta foi ele e com aval e autorização da diretoria executiva do Safesp.
Se perguntar não ofende, qual o critério da escolha dos três outros dois suspeitos? A independência e a liberdade de expressão deles?
Eu garanto que se realmente for realizada uma perícia técnica séria e confiável ficara provado que nos computadores da sede não existe nenhum software malicioso, mal-intencionado, vírus ou até mesmo aplicativo de espionagem instalado e que tudo não passa de teoria da conspiração do Destro e seus bonecos amestrados que sequer imaginam como os documentos vazaram.
Fake News da Diretoria
No relatório de perícia particular, anexado aos autos e elaborado pelo técnico de TI Daniel Destro, supostamente a pedido de Aurélio Sant´Anna Martins, foi enviado um e-mail “isca” objetivando colher dados do computador de quem o acessasse. E-mail este enviado a três pessoas e de forma individual. Eu, como veículo de imprensa, acessei, pois o assunto do e-mail renderia minha primeira matéria elogiando a atual diretoria, pois o assunto era a prestação de contas do primeiro mês da nova gestão, mas era ‘Fake News’, pois a entidade não tinha nada de bom para divulgar.
Se perguntar não ofende, essa prática não é crime?! Se cometida contra associado da entidade e com autorização do presidente não é caso de pedido de indiciamento no Conselho de Ética?!
A falta de informação da Vice
Em seu depoimento prestado à Justiça, a presidente em exercício,
Regildenia de Holanda Moura, afirma que eu trabalhei no Sindicato de 2011 a
2019 em uma falha absurda da verdade.
Regildenia sabe que trabalhei no Safesp por um ano e seis meses (de
junho de 2014 a dezembro de 2015) e que inclusive, fui desligado quando
publiquei a matéria que desencadeou a demissão de Arthur Alves Junior da
Federação Paulista de Futebol, matéria que, mesmo não sendo citada, teve
participação ativa da própria Regildênia, que até hoje, pelo que se sabe, ela e
os demais não foram à Justiça ficando apenas as denúncias feitas por mim no
Blog e que agora tentam calar, por cobrar o que acredito ser justo e digno para
a categoria.
Em seu depoimento, Regildenia ainda afirma que não causei danos financeiros, mas apenas morais ao Sindicato, mas nada falou sobre o dano moral que ela e sua atual diretoria estão causando a entidade e seus associados não cumprindo, até aqui, nenhuma das promessas de campanha.
O verdadeiro motivo do Inquérito!
Fica claro e evidente que tentam calar o meu direito de expressão, calar
a imprensa independente e especializada do país, pois meu simples e humilde
site e blog são lidos em todo o território nacional e cujas matérias já
desencadearam uma série de ações positivas para a arbitragem. Outros já
tentaram e não conseguiram e garanto que não será a atual diretoria do Safesp
que irá me calar!
O futuro
Iniciarei uma série de reportagens sobre o Sindicato de Árbitros de
Futebol do Estado de São Paulo, sua Diretoria e a sua omissão em ações. Também
escreverei sobre o atual desrespeito ao Estatuto Social e quem sabe, levando os
associados a uma reflexão estadual e a convocação de uma Assembleia
Extraordinária por vontade deles.
Nota da redação
As imagens que ilustram a presente matéria são partes retiradas dos
autos do Inquérito Policial e o mesmo não corre sob sigilo de justiça, além de
no meu entender ser o assunto de interesse coletivo, pois o presidente de uma
entidade representa a vontade de seus associados e no caso do Safesp e da
arbitragem paulista.
A Constituição assegura o sigilo da fonte. Assim nem a lei, nem a
Administração, nem os particulares podem compelir um jornalista a denunciar a
pessoa ou o órgão de quem obteve a informação. Dita o artigo 5º, XIV, da
Constituição Federal.
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