Aonde anda Ana Paula?
O pedido mais insistente que o coronel Marcos Marinho, comandante da arbitragem em São Paulo, ouvia era um só. "Dirigentes do Interior insistiam para que eu escalesse a Ana Paula Oliveira. Com a crise financeira, os times não puderam investir em jogadores. Ela seria uma grande atração. Seria. Infelizmente para nós e para ela. Eu bem que gostaria. Mas não tinha como. Por culpa dela."
Marinho se refere aos seguidos testes físicos que Ana Paula não conseguiu passar. Desde Abril de 2008 ela não trabalha como assistente a nível nacional. "Depois das fotos (para a Playboy) ela perdeu o foco. Não houve preconceito da nossa parte. Foi ela quem não se cuidou. Ela não pode trabalhar em qualquer partida oficial de São Paulo. Nem A2, A3, divisão de base, nada. Não há privilégio. É triste, mas a culpa foi só dela. Sua carreira estava subindo foi ela quem mudou o rumo de tudo”.
Marinho se refere aos planos da Confederação Sul-Americana. Os dirigentes ficaram encantados com a brasileira. Acreditaram que estavam juntando beleza com competência. Queriam transformá-la em árbitra central para apitar Libertadores, Eliminatórias, talvez até Copa do Mundo. Mas tudo veio abaixo.
Com as fotos houve preconceito sim, e o baixo rendimento físico foram uma fórmula fatal para Ana Paula na Sul-Americana. "Ela era uma ótima auxiliar. Só precisava pensar sério na carreira. E o tempo foi passando", diz o coronel Marinho. Ele foi um dos grandes incentivadores de Ana Paula e se mostra decepcionado desde as fotos para a Playboy.
Ana completou 30 anos em abril. Ela passou o ano passado fazendo desfiles e trabalhando em partidas amadoras. Donos de empresas adoram contratá-la para trabalhar em jogos de seus funcionários. Apita com uniforme rosa sem distintivo algum. Bem diferente do uniforme preto com o símbolo da Fifa que poderia estar usando.
No auge da sua curta carreira, Ana sempre participou dos jogos mais importantes dos campeonatos, seja ele regional ou nacional, estrela única da arbitragem era uma forma das comissões dividirem com os jogadores estrelas os focos das lentes de tv, da imprensa e do grande publico pela televisão e nos estádios.
No começo essa grande exposição foi benéfica para a carreira da jovem assistente, a repentina exposição na mídia a levou a chegar rapidamente no topo da arbitragem, chegando de forma meteórica ao quadro da FIFA. No Brasil existe um número enorme de assistentes que tem a mesma ou até mesmo mais capacidade, porém falta a eles o principal atributo que abriram varias portas para Ana, a beleza feminina.
Com o passar do tempo, Ana deixou de ser novidade e passou a ser cobrada às vezes com excessos como no jogo em que o Botafogo foi eliminado de uma competição nacional, ela foi duramente criticada pelo vice-presidente de futebol, Carlos Augusto Montenegro que disse na ocasião a um blog: “Como bandeirinha, Ana Paula é a verdadeira bonitinha, mas ordinária”.
Os erros antes permitidos, se tornaram imperdoável e sua beleza já não era o suficiente para acalmar os ânimos dos exaltados dirigentes. Ana Paula também colaborou para isso, aquela assistente sempre concentrada e com grandes índices de acertos, passou a cometer erros bobos e incompreensível para o nível que ela atingiu.
Os motivos podem ter sido vários, um deles a perda da oportunidade de realizar o seu sonho que era ser indicada para uma copa do mundo, outro motivo pode ter sido o fato de que dificilmente ela passava nos testes físicos de rotina e o motivo mais provável foi a grande soma em dinheiro que recebeu para pousar nuatenha contribuido para tirar a arbitragem do seu foco principal.
Aquela que era reconhecida como a melhor assistente do Brasil, passou a ser conhecida como a peladona da arbitragem. Sua volta pode ser difícil, porem não impossível, a sua beleza pode abrir as portas novamente.
Com a sua saída repentina, perdeu a arbitragem que deixou de contar com sua beleza e competência nos jogos, mas perdeu muito mais Ana Paula, que de estrela ascendente que passou como meteoro deixando um rabo incandescente de desconfiança que tenha usado a arbitragem para conseguir o ensaio fotografo.
Frase: As esplêndidas fortunas - como os ventos impetuosos - provocam grandes naufrágios. (Plutarco)
Texto adaptado do Blog de Cosme Rimoli
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