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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Quais foram os critérios para a escolha dos Melhores do Ano👀

Créditos: Staff Images/CBF

A escolha dos “melhores do ano” da arbitragem pode até ter sido técnica, como afirma a comissão de arbitragem da CBF. Mas… técnica baseada em que, se todos os regulamentos estão fora do ar no site oficial há mais de quatro anos, desde os tempos gloriosos do Wilson “Arrogante” Seneme.

A transparência, aquela velha conhecida que nunca chegou de fato, parece ter mudado de nome e endereço. É nítido que o critério qualidade técnica e meritocracia não foram levados em conta e ficou nítido também que tentaram espalhar as escolhas pelo mapa do Brasil, pra agradar todos como se diversidade geográfica fosse, por si só, sinônimo de critério.

Mas será que a comissão consegue explicar - com dados, números, médias e não apenas palavras - o porquê de cada nome? Provavelmente não é o caso de agora, mas em um passado não muito distante, nos bastidores corria comentário de rachadinha do prêmio – que na época era em dinheiro - entre o premiado e quem o escolheu, pois o critério era não ter critérios e muito menos transparencia.

Será que conseguem apresentar o ranking prometido pelo amigo do Ednaldo Rodrigues, o agora celebrizado Rodrigo Martins Cintra, o “coaching tupiniquim”?

Porque divulgado… não foi.

A pergunta permanece ecoando:

A escolha se sustenta apenas olhando as escalas? Ou será que ganhou quem teve mais jogos, mesmo sem ter sido o melhor? Ou, pior, nem o mais escalado foi escolhido?

Exemplo simples: Caio Max.

Potiguar de origem, agora em Goiás por questões pessoais. Foi o mais escalado para o VAR? Os números mostram isso? Ou estamos diante de mais uma daquelas tradições silenciosas onde alguns nomes simplesmente “acontecem”?

Lembremos também do histórico: Diego Pombo, da Bahia, virou FIFA com… o quê? Cinco jogos como VAR? 

Não. Quase nenhum. Era AVAR na maioria.

E, coincidência ou não, a Bahia nunca teve três árbitros no quadro internacional ao mesmo tempo - mas sob a gestão do Edinaldo Rodrigues… viraram três de uma só vez. Um deles, o assistente Luanderson Lima, chegou ao quadro internacional depois de três meses na Série A do Brasileiro. Um meteoro, um fenomeno da arbitragem brasileira.

Como dizia minha avó: ‘filho, tu vai ver coisas, tu vai ver coisas”!

Rodrigo Martins Cintra 'peruca' - Créditos: CBF

Roraima, por sua vez, nunca viu tantas escalas e justamente quando seu presidente ascende dentro da CBF, aparece até assistente promissor na Série A.

Promissor, sim, mas… sênior. Ou o talento chegou tarde ou o critério chegou cedo demais?

Até a Paraiba chegou na elite do apito brasileiro depois que a atraente e bem relacionada presidente virou vice da CBF.

Não tem culpa:

Os árbitros não têm culpa, são esforçados, mas não se pode exigir algo de quem não tem. Eles trabalham, treinam, se dedicam. O problema está na incoerência de quem escolhe.

É importante que a comissão, formada por pessoas que se dizem técnicas, possa olhar para este texto e refutar ponto por ponto - mas explicando, com a mesma convicção com que assinam as listas, por que A e B foram melhores que aqueles que estiveram mais presentes nas escalas mais importantes do país. Afinal, nomes como Daronco, Claus, Arleu, Magalhães, os Sampaios e tantos outros, escalados a granel, simplesmente… desapareceram. Sumiram. Não foram citados.

E os novatos?

Lacerda, Stefano, Torezin, Bauermann entre outros?

Nenhuma menção como revelação. Por quê? O Gustavo Bauermann já se sabe. Birra do ‘peruca’ (Rodrigo Cintra) com o menino revelado por Marco Martins por conta das redes sociais, pouco se importando com os 16 jogos que ele fez na Série A do Brasileiro na temporada passada. Certamente Martins deve estar de bruços em seu leito de morte, mas se vivo, certamente já teria chutado a mesa ocupada por Cintra, coisa que os incapazes que ocupam a CEAF catarinense hoje têm coragem de fazer.

Quantos árbitros, afinal, foram “lançados” em 2025? Quantos vingaram? Quantos serão rebaixados no tal ranking secreto de 2026?

As perguntas ficam. As respostas… continuam no vácuo.

Enquanto isso, a lista dos “vencedores” saiu assim:

Nordeste: Melhor árbitro: Rodrigo José P. de Lima (PE); Melhor árbitra: Deborah Cecília C. Correia (PE); e Melhor árbitro de vídeo: Caio Max A. Vieira (RN e GO).

Norte: Ninguém, mas teve assistente sênior atuando na A depois de décadas.

Centro: Oeste: Melhor árbitra assistente 1: Leila Naiara M. da Cruz (DF).

Sudeste: Melhor árbitra assistente de vídeo: Amanda Matias (SP); e, Melhor árbitro assistente de vídeo: Hellen G. S. Araújo (MG).

Sul: Melhor árbitro assistente 1: Bruno Boschilia (PR); Melhor árbitro assistente 2: Rafael da Silva Alves (RS); Melhor árbitra assistente 2: Maíra M. Moreira (RS);e Melhor árbitra de vídeo: Charley Derreti (SC).

E o Davi Lacerda (ES), o mais escalado, com 30 jogos??? Rodrigo Pereira (PE), 28 jogos. Anderson Daronco (RS), 24 jogos. Felipe Fernandes (MG), 22 jogos. Alex Gomes (RJ), 22 jogos. Raphael Claus (SP), 22 jogos.

O mapa está lindo. Os nomes são grandes. Mas o critério… O critério continua invisível - como sempre e como as paginas em branco no site da CBF.

Obs final.: Regulamentos da Arbitragem? Apenas dois divulgados?


domingo, 7 de dezembro de 2025

Catarinenses cobram comissão de arbitragem da CBF que vive crise interna

Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Segundo informações vindas de uma fonte dentro da CBF, o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Rubens Angelotti e o presidente do Departamento de Arbitragem, Kleber Lucio Gil, estiveram no Rio de Janeiro dias atras, para reuniões com dirigentes da CBF onde cobraram explicações pela forma com que os árbitros catarinenses vêm sendo tratados ultimamente pela entidade.

Segundo a fonte, os dirigentes do sul do país reclamaram que, desde a morte de Marco Martins, que geria a arbitragem daquele estado, os árbitros catarinenses foram relegados a um segundo plano e praticamente sumiram das escalas. Um desses árbitros, o jovem Gustavo Bauermann, que apitou 16 jogos da Série A em 2024 se destacando como revelação, nesta temporada atuou em apenas duas partidas. Segundo apurado, Rodrigo Cintra, atual chefe dois árbitros da CBF teria dito aos dirigentes catarinenses que o motivo teria sido a atuação de Gustavo no estadual, que não tinha sido de boa avaliação e que isto teria influenciado nas suas escalas na CBF nesta temporada.

Já Ramon Abatti, considerado um dos melhores do país, está fora das escalas da Série A do brasileiro desde a fatídica partida entre São Paulo e Palmeiras, disputada no início de outubro.

O Blog apurou com a fonte os reais motivos que fizeram Gustavo Bauermann perder espaço com a comissão de arbitragem da CBF. Segundo a fonte, o fato de ser ativo nas redes sociais teria irritado Rodrigo Cintra que visivelmente pegou birra deste bom árbitro deixando o fora das escalas o que pode ocasionar o fim da carreira de um jovem talentoso, promissor e com potencial enorme na carreira.

Rubens Angelotti e Kleber Gil - Foto: FCF

O Blog também apurou com a mesma fonte que Rodrigo Martins Cintra teria proibido os árbitros do quadro nacional de terem qualquer contato com Netto Góes, vice-presidente da Federação Amapaense de Futebol (FAF), que é o encarregado do grupo de trabalho (GT) da arbitragem, criado pela CBF para apresentarem propostas de melhorias e profissionalização da arbitragem brasileira. A intenção de Cintra seria dificultar que informações chegue a Góes para que este não tenha ciência de como anda a realidade da arbitragem brasileira.

Segundo ainda a fonte, até mesmo funcionários da CBF, próximo ou ligados a comissão, como Alicio Pena Junior e Marcelo Van Gasse, também teriam sido proibidos de repassarem qualquer informação a Neto Góes ou a qualquer outro dirigente, incluindo os que pertencem ao estado de cada membro.

O Blog apurou com a fonte que a situação do chefe do VAR, Péricles Bassols, está ficando cada vez mais insustentável e que ninguém estaria mais aceitando sua arrogância e seu estrelismo. A fonte relatou que em um curso recente na granja Comary, Wagner Reway, que atua de VAR por Santa Catarina, teria tido uma acalorada discussão com Bassols, resultando no aumento da pressão arterial ao ponto de causar um principio de arritmia no árbitro de video.

Com o fim do Brasileiro o medo de demissão aumenta o nervosismo e a pressão entre todos os membros da Comissão Nacional de Arbitragem que andam com cara de poucos amigos.

sábado, 29 de novembro de 2025

Ex-árbitro Charles Herbert deve assumir mandato de vereador em Maceió

Charles Herbert - Crédito: Agência Alagoas

O ex-árbitro CBF Charles Herbert Cavalcante Ferreira, 46 anos de idade, que atualmente atua como gestor esportivo na pasta de esporte e lazer de Alagoas e um dos principais defensores da profissionalização da arbitragem no Brasil, inclusive fazendo parte do GT, grupo de trabalho da CBF que discute o assunto, deve assumir o cargo de vereador na cidade de Maceió ocupando a vaga de Sílvio Camelo Filho. 

Dirigente do PCdoB, Hebert disputou as eleições municipais de 2024 ficando na primeira suplência da coligação PT-PV-PCdoB, com 3.605 votos.

Hebert deve assumir a vereança na capital alagoana no retorno dos trabalhos legislativos, no início de 2026, ano em que o ex-árbitro deve ainda concorrer ao mandato de deputado estadual.

Caso não tenha sucesso no pleito estadual e caso a vereadora Teca Nelma (PT), também candidata, seja eleita, Herbert assume como vereador em definitivo cumprindo o restante do mandato até final de 2028.

O Blog conversou com o ex-árbitro.

“As coisas estão acontecendo. Provavelmente a gente deve assumir o mandato no início de 2026 e se deus quiser e as coisas dando tudo certo, vamos ficar até final de 2028. Estamos construindo, 80% do caminho ja andado para a gente iniciar um trabalho aqui na Câmara de Maceió” – disse Charles.

Charles Hebert - Crédito: arquivo pessoal

Histórico

Charles formou-se educador físico pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em 2004. É pós-graduado e professor da rede estadual de ensino e formado em Direito pelo Cesmac.

Com uma trajetória respeitada na arbitragem brasileira, Charles Herbert é servidor concursado do Estado (professor de educação física) e foi árbitro de futebol durante 17 anos, chegando ao quadro da CBF - Confederação Brasileira de Futebol – atuando nos campeonatos brasileiros das séries A, B, C e D, tendo encerrado a carreira em 2017 seguindo a trajetória esportiva na área executiva.

Deixou a função de árbitro para assumir a presidência da Comissão de Arbitragem da Federação Alagoana de Futebol (CA-FAF) onde permaneceu por cinco anos. Tem uma vasta atuação em entidades da arbitragem nacional tendo sido Presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol de Alagoas por 7 anos e diretor da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF).

Atualmente é analista de desempenho de árbitros da CBF, instrutor de árbitros com Curso RAP-FIFA e auditor do TJD da Federação Alagoana de Handebol.

Membro do GT - grupo de trabalho da CBF - que visa profissionalizar os árbitros, nos bastidores, corre a informação que Charles, a pedido do comando da CBF, vem atuando como principal articulador para a fusão entre a ABRAFUT e ANAF, entidades que disputam o direito de representar os árbitros do país, em uma unica Federação com apoio total e todos as beficies da CBF. 

No campo político ganhou espaço como professor ativo filiado ao PCdoB desde 2019, depois foi promovido a gestor do Estádio Rei Pelé e em seguida passou a ser Secretário Executivo da Secretaria de Estado do Esportes, Lazer e Juventude (Selaj). Por ser da área e ter bom trânsito no mundo do esporte, o ex-árbitro logo foi efetivado no comando da pasta.

O Blog, caso se confirme a informação, deseja boa sorte ao futuro novo vereador de Maceió e por toda experiência e bagagem que possui, queira Deus, o novo vereador tem tudo para desenvolver um excelente trabalho em prol da população e do esporte alagoano.

sábado, 8 de novembro de 2025

Sindicato de árbitros colocado à venda

'Ótima oportunidade': diz anuncio de venda na porta de entrada sede do sindicato 

A CBF – Confederação Brasileira de Futebol -, vem atuando forte na tentativa de modernizar e moralizar o futebol e seus agregados. Na arbitragem, a entidade praticamente exigiu a fusão entre as duas entidades que deveriam representar os árbitros, mas que na pratica cada uma estaria mais preocupada nos interesses de seus dirigentes, como em uma possivel verba destinada pela CBF ou em um suposto 'mensalinho' aos dirigentes, pratica que segundo informações de bastidores, era muito frequente em gestões nanteriores a Ednaldo Rodrigues. A briga tambem envolve poder politico e a indicação ou repasse desse direito para a CBF indicar membros para o STJD - Superior Tribunal de Justiça Desportivoa. 

'Foi um pedido, uma missão dada a mim, no português claro foi praticamente uma exigencia do presidente Samir Xaud para que trabalhasse na fusão das entidades, pois trabalhar com as duas é praticamente inviavel' - disse ao Blog uma das pessoas que serve como ponte entre os dirigentes sindicais que até a queda do ex-presidente Ednaldo Rodrigues, se odiavam e trocavam farpas e ofensas nos bastidores.

Uma delas, a ANAF – Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, fundada em outubro de 1997, atualmente sem associados para representar e praticamente sucateada, com dividas milionárias. Estima se que só com seu presidente, um mecenas nordestino que há décadas preside um sindicato de cortadores de cana, a divida ultrapasse os 500 mil reais.

A outra, a ABRAFUT - Associação de Árbitros de Futebol do Brasil - não tem o que falar, pois a entidade foi fundada sob as benções da CBF, supostamente a pedido do então presidente Ednaldo Rodrigues, para dividir a classe e enfraquecer a ANAF com quem cortou relações e a ajuda financeira que era a ela destinada à decadas.

Inimigos, inimigos, interesses à parte - Crédito: CBF

Enquanto a CBF busca a modernidade, os sindicatos de árbitros do país, com raríssimas exceções, é o retrato das duas centrais sindicais, ou seja, sem associados, sem eleições ou prestação de contas regulares. Muitos deles não tem sede, não tem atendimento nas redes sociais e praticamente todos estão afundados em dividas.

Retratando fielmente a situação das entidades, o Sinbaf – Sindicato Baianos dos Árbitros de Futebol – foi colocado a venda pelo ex-presidente Raimundo Carneiro, como mostra a foto de capa deste post.

O Blog entrou em contato com Raimundo Carneiro que confirmou ter colocado a entidade a venda, mas que infelizmente não apareceu comprador.

“A sede foi colocada a venda por 80 mil, mas só a divida com IPTU e condomínio ultrapassa os 100 mil reais. A situação é insustentável” – disse o dirigente que aguarda uma ajuda financeira da ANAF, como prometida, segundo o dirigente pelo atual presidente, no ultimo congresso realizado em Recife-PE em 2022.

Carneiro também informou que na ultima quinta feira (6), foi realizado eleição da diretoria e que o ex-árbitro e atual instrutor de arbitragem da Federação Baiana de Futebol, Claudio Aragão, foi eleito presidente e que ele continuara no Sinbaf, agora como Secretario Geral.

O Blog questionou os tramites da eleição que não teve conhecimento, mas o dirigente disse que foi realizado com lisura e que tem toda documentação para comprovar.

Claudio Aragão, durante palestra pela Federação Baiana de Futebol - Crédifo: FBF

Em contato com árbitros e ex-árbitros da Bahia, todos alegaram surpresa com a informação e relataram não saber e não terem participado desta eleição. Além de contatar as fontes, o Blog pesquisou no google e nas redes sociais e não encontrou nenhuma menção sobre esta eleição.

Os árbitros relataram possíveis irregularidades como prática comum nas últimas eleições do SINBAF.

"A última eleição, a desta semana, se realmente ocorreu, foi realizada as portas fechadas e os comentários nos grupos e bastidores que é mais uma eleições cheia de falhas estatutária começando pela forma como foi conduzido o processo das eleições, pois ninguém sabe onde foi publicado o edital de convocação com antecedência mínima de 30 dias do pleito” – disse um árbitro.

O Blog também entrou e contato com o então atual presidente via mensagem WhatsApp, mas não recebeu retorno até a publicação deste post, que será atualizado caso isso ocorra.

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Federação suspende 149 árbitros por apostas em Bets

Ibrahim Haciosmanoglu, presidente da Federação Turca, defende punição para árbitros envolvido em esquema de apostas - Foto crédito: Samet Yalcin/AP

A Federação Turca de Futebol suspendeu 149 árbitros e assistentes por sua suposta ligação com escândalo de apostas junto às ligas profissionais de futebol. A entidade informou nesta sexta-feira (31) que decidiu impor sanções de oito a doze meses aos envolvidos, enquanto as investigações continuam contra outros três.

"A reputação do futebol turco é construída sobre a santidade do esforço em campo e a integridade inabalável da justiça. Qualquer ato que traia esses valores não é apenas uma violação das regras, mas uma quebra de confiança" - disse o presidente da federação, Ibrahim Hacsosmanoglu, em um comunicado.

"Investigações recentes revelaram que alguns árbitros tinham ligações com atividades de apostas de uma forma completamente incompatível com o espírito do futebol. Isso não é apenas uma violação, é um abuso que fere consciências e envenena a justiça" acrescentou o dirigente.

Hacoosmanoglu anunciou na segunda-feira que agências governamentais determinaram que 371 dos 571 árbitros em atividade possuíam pelo menos uma conta em uma casa de apostas. Ele afirmou que 152 árbitros com contas fizeram apostas em jogos de futebol, incluindo sete árbitros principais e 15 árbitros assistentes principais.

O dirigente comentou que 10 árbitros fizeram apostas em mais de 10.000 partidas cada um ao longo de cinco anos, enquanto alguns fizeram apenas uma aposta. Um árbitro é acusado de ter apostado em 18.227 partidas. Além disso, entre eles contam-se 7 árbitros principais e 15 assistentes da elite.

Citando fontes judiciais, o jornal Habertürk informou que investigações também estão em andamento contra clubes e jogadores. Segundo o jornal, cerca de 3.700 jogadores estão sob investigação.

Aqui no Brasil

A coluna já recebeu denúncias que no Brasil, árbitros, principalmente de um determinado estado onde ja ocorreram denuncias, estariam fazendo o mesmo a algum tempo, inclusive em jogos por eles comandados, mas com métodos diferentes utilizando laranjas nas apostas em jogos de pouca repercussão.

A coluna não conseguiu confirmar a informação, mas pelos indícios apresentados em checagens preliminares, não seria surpresa alguma caso o denunciado esteja realmente acontecendo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Juiz do STF chama árbitro de ladrão; ANAF e ABRAFUT se calam

"Fomos roubados à mão armada", disse Alexandre de Moraes sobre arbitragem de Inter x Corinthians; veja vídeo

O corintiano e Ministro do STF Alexandre de Moraes, aproveitou um instante da sessão plenária do Supremo Tribunal Federal da última quinta-feira (1) para criticar a arbitragem do empate de Corinthians e Internacional de Porto Alegre. A partida, válida pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, teve um pênalti marcado para o time gaúcho aos 52 minutos do segundo tempo.

O Corinthians vencia a partida por 1 a 0. Nos acréscimos, quando a vitória já parecia encaminhada, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima, FIFA de Pernambuco, foi chamado pelo VAR Gilberto Rodrigues Castro Junior, também de Pernambuco, para analisar um puxão de camisa do zagueiro Cacá no meia Bruno Henrique dentro da área. Após a revisão, foi assinalado o pênalti, convertido por Carbonero decretando o empate em 1 a 1 como resultado final da partida.

"Ontem novamente fomos roubados a mão armada com a marcação de um pênalti aos 52 minutos, pênalti absurdo", disse o ministro em sua fala durante julgamento na Suprema Corte do país. O comentário veio durante julgamento sobre o vínculo empregatício entre os trabalhadores e as plataformas digitais, em processo que a Uber contesta uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em que é reconhecido o vínculo entre motorista e a plataforma.

Entenda

O lance do jogo foi motivo de reclamação dos corintianos. "Ele deu cinco minutos de acréscimos, a bola saiu lateral, ele botou o apito na boca para encerrar a partida e deixou a jogada prosseguir, mesmo já tendo encerrado o tempo. Depois, foi chamado pelo senhor Gilberto Rodrigues, do VAR, que conseguiu enxergar um pênalti daquela maneira, no último minuto da partida" - desabafou o técnico Dorival Júnior, após o jogo.

Ao analisar o lance no monitor, Rodrigo de Lima chega a afirmar que "é muito claro que não foi falta" e entendeu a disputa como "natural". Somente depois de analisar por diferentes ângulos é que o árbitro se convence de que o lance é passível para a marcação de pênalti.

"Ok, Gilberto. Esse puxão, para mim, entendo que impacta, ok?" diz Rodrigo de Lima. "Concordo, sim, por isso que lhe chamei. Entendo que impacta, sim" - ratificou o VAR.

O pior de tudo é que a ANAF – Associação Nacional dos Árbitros de Futebol e a ABRAFUT - Associação de Árbitros de Futebol do Brasil, entidades que brigam para representar os árbitros, que ja acionaram a justiça desportiva diversas vezes quando críticas são feitas por dirigentes e jogadores, se calaram não defendendo os árbitros da tamanha ofensa e acusação feita pelo Ministro Alexandre de Moraes.

Como as entidades vão ter moral para cobrar os clubes, jogadores e dirigentes quando esses ofendem e agridem moralmente os árbitros se ficam calados e com cara de paisagem quando a ofensa absurda vem de um do Ministro da Suprema corte?

Medo das consequências por bater de frente com o homem mais poderoso dos país ou subserviência com a CBF e com O STF?

A verdade é só uma, os dirigentes da arbitragem, seja de qual entidade for, só tem coragem de agir com cachorro morto. Fingem defender a categoria quando na verdade são defensores de interesses próprios e para continuarem mamando na teta do futebol tendo beneficies seja ela quem sabe por algum tipo de acordo financeira ou até mesmo em forma de influência.

Mas como sempre digo, os árbitros, que são usados para interesses pessoais de dirigentes inescrupulosos, cada dia mais ricos e mais poderosos, merecem essa situação. Os árbitros fingem que acreditam na representatividade das entidades e as entidades fingem que defendem os árbitros e assim o ciclo vicioso que engloba todo esse contexto continua sempre ativo com ninguém querendo largar o osso e existe até mesmo uma provável fusão entre as entidades inimigas até então.

Antes inimigas, ANAF e ABRAFUT estudam fusão. A quem interessa e a que preço pra arbitragem?!

Inocente ninguém é e que use nariz de palhaço quem pensar que esta fusão será em prol da arbitragem como estão propagando por ai. 

Para corroborar com o descrito acima, no início desta semana, a ABRAFU divulgou nota de repudio contra a enxurrada de reclamações que a categoria sofreu após erros que ocasionaram no afastamento de árbitros de campo e de VAR de duas partidas na ultima rodada do brasileiro.

Houve exageros? Sim, mas em nenhum desses questionamentos, por parte da imprensa, jogadores e dirigentes, teve acusação de roubo como o feito pelo Ministro Alexandre de Moraes que a entidade sindical fez questão de ignorar.

Ou seja, as entidades são verdadeiros leões quando se trata de clubes, torcedores e imprensa, mas são gatinhos de fraudas quando a grave ofensa, vem de uma autoridade da suprema Corte do país.

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Árbitro que mais marca faltas no Brasil supera 'rivais' de 10 países europeus

Alex Stefano tem média de 34,9 faltas por jogo no Brasileiro deste ano

Por: Mauro Cezar Pereira

O árbitro que, em média, mais marca faltas no atual campeonato brasileiro assinala acima de 12 infrações a mais por partida, na comparação com o que menos as aponta na primeira divisão da Holanda. Ele é Alex Gomes Stefano, 37 anos, do Rio de Janeiro

Os números evidenciam que a arbitragem nacional interrompe em demasia o jogo. Na prática, enxerga infrações que são consideradas lances normais, de jogo, em outros certames. Dennis Higler não chega a 23 faltas por peleja na Eredivisie. O carioca beira as 35.

Apenas outro apitador supera 30 por cotejo no comparativo entre a Série A do Brasil e 10 ligas europeias, incluindo a Rússia, isolada de certames internacionais devido à guerra contra a Ucrânia. Ele é Luís Miguel Branco Godinho, de Portugal.

O russo Artem Chistyakov chega perto das três dezenas de infrações apontadas por jogo, assim como o turco Zorbay Kucuk. Mas, na Bélgica, Lothar D'Hondt; na Alemanha, Tobias Reichel; e Robert Jones, Inglaterra, são campeões de faltas em seus países. Contudo, passam longe das 30 de média.

Fica evidente que trata-se de uma (péssima) cultura adquirida ao longo dos tempos. Os árbitros brasileiros são viciados em faltas, as marcam por qualquer contato. Enquanto essa mentalidade não for alterada, a qualidade do futebol do país seguirá sofrendo as consequências.

Os árbitros que mais marcaram faltas no mundo*

Brasil - Alex Gomes Stefano 34,9
Portugal - Luís Miguel Branco Godinho 30,6
Rússia - Artem Chistyakov 29,9
Turquia - Zorbay Kucuk 29,6
Espanha - Mateo Busquets Ferrer 28,0
França - Romain Lissorgue 27,9
Itália - Antonio Rapuano 27,9
Bélgica - Lothar D'Hondt 25,8
Alemanha - Tobias Reichel 25,1
Inglaterra - Robert Jones 24,8
Holanda - Dennis Higler 22,6

*média por jogo; no mínimo 14 partidas apitadas; europeus, temporada 2024/2025; campeonato brasileiro de 2025.

Fonte: WhoScored

sábado, 27 de setembro de 2025

A decadente arbitragem catarinense

Cantucho João Setubal e Kleber Lúcio Gil comandam a arbitragem catarinense - Crédito: FCF

A arbitragem catarinense, até pouco tempo atrás uma referência na formação e celeiro de novos árbitros, que revelou Ramon Abbati Abel, um dos melhores árbitros do país na atualidade, Gustavo Bauermann entre outros, vem caindo na decadência desde a morte precoce do saudoso Marco Martins.

Como já admitia Martins a pessoas próximas, seus subalternos não estavam preparados para assumirem o poder e buscava alguém que pudesse substitui-lo quando chegasse a hora de subir degraus na hierarquia da FCF. O que Martins não previu era que a reaproximação com o amigo Sandro Rodrigues e sua posterior efetivação como membro da CEAF, traria uma briga silenciosa e geraria guerra de vaidades e ciúmes entre membros da comissão pelo seu cargo

Nos bastidores, corre a informação que os atuais dirigentes lutam em silencio pelo poder sem que se saiba realmente quem manda de verdade, tendo em conta que a entidade tem duplo comando na arbitragem, onde o ex-FIFA Kleber Lucio Gil comanda o departamento de arbitragem e Cantucho Setubal a comissão de arbitragem.

Segundo apurado, Kleber Gil, que hierarquicamente comanda o setor, não estaria nada satisfeito com o chefe e os demais membros da comissão de arbitragem e vem a tempos prometendo mudanças, mas tomar decisão, principalmente política, nunca foi o forte do atual dirigente.

O Blog apurou que Kleber Gil elaborou um questionário online aos árbitros (abaixo) onde eles puderam avaliar, de forma anônima, o trabalho da comissão de arbitragem e pelo que se sabe, o retorno foi uma insatisfação geral com os árbitros malhando a comissão, inclusive o próprio Gil que para eles, seria moroso, lento e benevolente demais para a função.


Árbitros descontentes

Depois que foi criado os grupos FCF 1, 2 e 3 que define em cada competição que o árbitro pode atuar, muitos se viram alijados das escalas enquanto tem outros que são escalados seguidas vezes. Segundo os árbitros, a escala só muda o campo, pois os árbitros escalados são os mesmos de sempre o que causa grande indignação por que outros árbitros poderiam estar na escala por meritocracia e não por outros motivos.

O Blog conversou com alguns árbitros que, na condição de off, reclamaram da falta de critérios e da repetição de escalas para os mesmos árbitros – tem deles escalado em quatro jogos em seis dias -, enquanto a maioria passa mais de mês sem ser escalado, reclamaram de escalas feitas por amizade e citam árbitros que estariam sendo escalados por supostamente frequentarem baladas e shows com membros da comissão. Citaram também escala para árbitros do primeiro escalão nas divisões inferiores e até a escala de um FIFA na Copa Santa Catarina. Mas a principal reclamação é a suposta proteção para o filho de Sandro Rodrigues, membro da comissão de arbitragem e ex braço direito de Marco Martins.

O Blog apurou que João Vitor Minich Vitorio, filho de Sandro Rodrigues, formado na turma de 2024 tendo recebido diploma no Seminário da Arbitragem Catarinense deste ano, foi escalado para apitar a final do Sub-12 da Copa SC enquanto árbitros do cursos anteriores ao dele não tiveram a oportunidade sequer durante a competição, muito menos em uma final.

Sandro Rodrigues e Marco Martins (ao fundo) - Crédito: Marçal

O Blog não conseguiu contato com Kleber Gil e nem com membros da comissão de arbitragem catarinense para que falassem sobre as denuncias e caso isso ocorra, este post será atualizado.


sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Marcelo Bispo é afastado da arbitragem maranhense

Ex-árbitro estava no cargo desde 2012

Marcelo Bispo - Crédito: Facebook

O presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol do Maranhão (CEAF), Marcelo Bispo Nunes Filho, não resistiu à forte rejeição dentro da própria classe e foi afastado do cargo na última quinta-feira (11) pela interventora da Federação Maranhense de Futebol (FMF), Susan Lucena.

O ex-arbitro comandava a arbitragem maranhense desde 2012, quando foi empossado no cargo pelo presidente da FMF, Antônio Américo. A insatisfação dos árbitros beirava 100% contra sua gestão, além de questionar por que Marcelo não havia sido afastado junto com os demais dirigentes ligados a Antônio Américo.

Obs. Antônio Américo foi afastado pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, sob comando do juiz Douglas de Melo Martins, que deferiu parcialmente o pedido de tutela de urgência formulado pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA) e determinou o afastamento cautelar de toda a diretoria da Federação Maranhense de Futebol (FMF) e do Instituto Maranhense de Futebol (IMF). A decisão foi proferida no dia 4 de agosto.

A decisão do magistrado, além de decidir pelo afastamento de Antônio Américo, determinou que a advogada Susan Lucena Rodrigues seja a administradora provisória da FMF pelos próximos 90 dias.

A decisão judicial de primeiro grau é resultado de Ação Civil Pública ajuizada pelo MPMA, que aponta graves irregularidades na gestão financeira e administrativa das entidades e dos dirigentes. Entre os principais argumentos apresentados está a ausência de transparência na gestão da FMF, falta de divulgação de documentos obrigatórios no site da entidade e uma suspeita de confusão patrimonial com o Instituto Maranhense de Futebol, que, segundo o MP disse que levantou em depoimentos, foi criado com o objetivo de esconder recursos da FMF e evitar bloqueios judiciais.

A decisão do afastamento de Marcelo Bispo veio no dia do árbitro (11 de setembro) e poucas horas depois de Marcelo divulgar um vídeo parabenizando os profissionais da arbitragem maranhense. A gravação, na qual ele aparece incomodado e com a voz trêmula foi interpretada como símbolo de seu isolamento e da falta de legitimidade para seguir no comando.

Indicado pelo ex-presidente afastado da FMF, Antônio Américo, Marcelo sempre carregou a marca de ser um dirigente imposto e sem respaldo da categoria. Sua passagem pela CEAF foi marcada por denúncias de perseguição, favorecimento a aliados, exclusão de árbitros experientes, cursos que seriam irregulares e supostas vendas de uniformes aos árbitros.

O clima nos bastidores era de forte rejeição. Marcelo acumulava críticas quase unânimes entre árbitros, sendo acusado de comandar uma espécie de “panelinha”, favorecendo apenas os mais próximos, principalmente seu filho e segregando quem não faz parte do seu grupo.

Entre os casos mais marcante está o afastamento do árbitro Mayron Novais, ex-FIFA que foi apitar em Goiás, em meio a acusações de boicote, perseguição e retaliação interna.

O corte de Marcelo Filho representa um movimento duro de Susan Lucena para desmontar o modelo de gestão herdado de Antônio Américo e tentar devolver credibilidade à arbitragem maranhense.

Paulo Moreira assume

Após o afastamento de Marcelo Filho, Susan Lucena nomeou o ex-árbitro Paulo Moreira para comandar a entidade.

Magno Moraes, Susan Lucena e Paulo Moreira - Foto: Divulgação / assessoria / FMF

Com experiência como árbitro, Paulo Moreira assume com a missão de resgatar a credibilidade da CEAF e restabelecer a confiança entre os profissionais da arbitragem e a direção da comissão. O novo presidente terá a tarefa de romper com a gestão marcada por denúncias de perseguição, favorecimento de aliados e exclusão de nomes experientes.

O afastamento de Marcelo Filho e a chegada de Paulo Moreira são vistos como um marco para a arbitragem maranhense, que busca reconstruir sua imagem e recuperar o respeito perdido nos últimos anos.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

‘Casa da mãe Joana’: Fofocas, intrigas, áudios vazados e diretores afastados marcam reinado de Janja Aragão no Safesp

Sede do Safesp na barra Funda, São Paulo/SP

Como já postamos neste veículo, José de Assis Aragão, ex-árbitro FIFA, no seu terceiro mandato no Safesp – Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo – condenado por improbidade administrativa na prefeitura de São Paulo, em junho de 2021 como publicado pelo Blog do Paulinho (leia), não passa de uma marionete nas mãos de sua mulher Maria Aparecida G Aragão, também conhecida como ‘Cida do ouro e Janja do Safesp’. Segundo apurado e comprovado por áudios vazados, Aragão é o presidente, mas quem manda de fato, quem dita as regras com mãos de ferro é Maria Aparecida, mesmo sem nuca ter sido árbitra e não ter qualquer vínculo com o sindicato.

O Blog teve acesso, com exclusividade, a áudios vazados (veja abaixo), que teriam sido gravados clandestinamente, de uma reunião ocorrida no mês de maio com a presença do presidente, sua esposa, o assessor financeiro Silvio Aranha e esposa que causou reboliço e comprova a desavença e inimizades entre apoiadores com mais de trinta anos de amizades.

Nos áudios, Janja faz comentários, tratados como fofoca por Aragão, contra o vice presidente (Ulisses) e o secretário geral (Oiti) da atual gestão. No áudio, editado pelo Blog, também é possível ouvir sobre supostos depósitos bancários feitos supostamente na conta de Maria Aparecida, para os quais teriam, segundo o áudio, emissão de notas fiscais para comprovar a saída do dinheiro com endereço do beneficiário em Santos. No áudio ainda é possível ouvir Aragão falando que o uso da NF pode levar eles para a cadeia. Ainda pode se ouvir no áudio a menção sobre dinheiro da OAB, algo em torno de 11 mil, que supostamente estariam entrando, sem deixar claro se no caixa da entidade ou direto nos bolsos de algum dirigente do sindicato.

Segundo uma fonte dentro do Safesp, ao tomarem ciência do ocorrido na reunião, o vice-presidente e o secretário geral interpelaram Aragão em relação a fofoca e as críticas sofridas, mas o presidente negou. Porem os dirigentes insistiram revelando os áudios, o que teria deixado Aragão pálido e revoltado querendo saber quem teria colocado escutas na sede do sindicato que resultou na gravação clandestina.

Trechos dos áudios vazados

Com a forte interferência de Janja, o grupo de apoiadores conhecido como 'bengalas' se esfacelou e hoje resume a dois ou três e o saldo é brigas e inimizades entre pessoas que se conhecem a mais de três décadas e se juntaram para recolocar Aragão de volta no poder. O que eles não sabiam é que Aragão, agora comandado pela esposa, é uma versão piorada da que eles conheceram tempos atras.

Segundo a fonte, Janja não respeitava e não respeita ninguém e tratava tanto o secretário geral como o vice presidente com chacotas chamando os de dinossauros por sequer saberem ligar um computador.

Renúncia forçada

O último ato foi, segundo a fonte, a realização de uma assembleia, daquelas com lista de presença suspeita e difícil de se sustentar, onde foi comunicado a renúncia do secretário geral, do diretor da escola e do assessor financeiro, que estava na reunião gravada, alegando que por problemas pessoais esses membros da diretoria teriam protocolado documentos pedindo afastamento. Sobrou até mesmo para o presidente do conselho de ética que foi destituído antes mesmo de ser empossado.


Trechos da Ata da Assembleia comunicando a suposta renuncia dos diretores

O Blog apurou que, pelo menos um dos diretores afastados, não pediu a renuncia como consta na ata de assembleia. Segundo informações, não existe nenhum documento que comprove a renúncia deste diretor, que foi um ato ilegal e ditatorial do presidente, supostamente a mando da esposa e que o dirigente destituído estuda acionar juridicamente o presidente e a entidade. Disse ainda que o mesmo teria ocorrido com a maioria dos destituídos e que a assembleia foi irregular.

O Blog entrou em contato com José de Assis Aragão que não retornou até a publicação deste post.

O Blog não localizou os demais diretores citados na matéria que será atualizada caso isso ocorra.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

A geopolítica do apito e a inércia dos árbitros explicam o erro de Zanovelli no Maracanã
Paulo Cesar Zanovelli da Silva - Rafael Vieira/AGIF - divulgação Internet

 Por Rafael Porcari

Para o torcedor comum, foi “só mais um erro de ruindade do juizão” em Flamengo 1x1 Grêmio (pênalti decisivo e inexistente de Ayrton Lucas). Mas o problema, em si, não é a baixa capacidade técnica dos árbitros brasileiros. A raiz do problema é outra…

Sabemos que a formação dos “homens de preto” é ruim no Brasil. Não há uma Escola Nacional de Arbitragem, como na maioria do mundo, mas sim um “punhado de árbitros” indicados pelas federações estaduais (que são formados por elas mesmo) e que a CBF os recebe.

Perceba o seguinte: não é a CBF que descobre um árbitro no interior do Piauí e o integra ao quadro nacional por considerá-lo um talento, mas sim a Federação do Piauí (ou de Tocantins, de São Paulo e de todos os demais estados – e são elas que formam os nomes que a Comissão de Árbitros trabalhará). E chegam ao Brasileirão formados com suas características regionais: um estado mais rigoroso, outro que deixa o jogo rolar mais, e cada um “com o seu jeitão”. A CBF, eventualmente, tenta uniformizar os critérios e não consegue.

A verdade é que tudo isso se tornou conveniente por dois problemas sérios: a falta de meritocracia dos árbitros que ascendem aos principais jogos (ocorrida por interesses políticos) e as más orientações que recebem (e que, muitas vezes os árbitros sabem que há equívocos, mas se calam).

Vide:

O “escudo FIFA” é instrumento de troca política há décadas. Para as federações, é um prestígio enorme dizer que seu árbitro pertence ao quadro internacional e seus cartolas regozijam-se na vaidade entre seus pares. Sabedora disso, a CBF nem sempre indica ao quadro internacional o melhor nome, mas o que interessa para acordos políticos. A negociação dessas premiações faz com ocorram situações contestáveis: estados brasileiros sem tradição alguma no futebol de ponta, acabam tendo em suas fileiras árbitros ou bandeiras da FIFA (vide o quadro feminino), mesmo não tendo condições técnicas. Veja o Paraná: há algum tempo não tem um nome internacional, e Lucas Torezin (veterano, do pênalti equivocado em Palmeiras vs Ceará) e Lucas Casagrande (jovem, com potencial) estão sendo escalados à exaustão. Ou o estado de Minas Gerais: desde Márcio Rezende de Freitas, tentou-se muitos nomes para a elite, mas o último FIFA mineiro foi Ricardo Marques Ribeiro (que não deixou saudades nos campos). Por falta de nomes, seu distintivo foi para Paulo César Zanovelli. Enquanto não aparecer um nome melhor, ele continuará sendo FIFA, pois a FMF “tem que ter” um representante nesse jogo político. E Zanovelli (o mesmo do pênalti de queimada em Grêmio vs Red Bull Bragantino, das dezenas de cartões de Bahia vs Flamengo que lhe custou a primeira”geladeira”, dos quase 10 minutos de VAR em Corinthians x Internacional, do erro de direito que lhe rendeu a segunda “geladeira” em Fluminense x São Paulo) ficará lá, intocável. O chefe dos árbitros da CA-CBF, Rodrigo Martins Cintra, que foi empossado pelo grupo político de Edinaldo / Reinaldo, entende bem como funciona essa sistemática, e garantiu seu cargo mantendo a política na gestão Samir Xaud/ Ricardo Teixeira. Ou como explicar a permanência de Zanovelli na FIFA e nos bons jogos escalados, repetidamente?

Rodrigo Martins Cintra e o 'Arbitragem sem fronteira' - Nome é outro, mas seminário não é inédito e foi copiado gestões anteriores - Foto crédito: CBF

A passividade dos árbitros é outro ponto negativo. Árbitro de futebol, ao contrário do que pensa o torcedor, não tem uma categoria unida (embora o senso comum entenda: quando um jogador sacaneia o juiz, outro árbitro vai vingá-lo e o atleta ficará marcado – e essa é uma situação verdadeira). Em geral, o árbitro que não está escalado torce contra o seu colega, pois queria estar no lugar dele. Como não há profissionalismo formal, nenhum juiz quer ficar em casa vendo seus pares apitando no Morumbi, no Maracanã ou no Mineirão. Acomodados, os árbitros não batem de frente com o sistema ou se unem contra ensinamentos errados. Prova disso são os pênaltis da Regra 12B (B, em referência à Regra 12, que fala de bola na mão e mão na bola – mas que fazemos errado). Em 2014, Jorge Larrionda, ex-árbitro e instrutor Conmebol, ousou dizer aos árbitros que, em caso de dúvida, era mais fácil marcar infração na bola que bate na mão do que mandar seguir o jogo, pois como é algo interpretativo, daria polêmica de qualquer jeito. Ninguém teve peito de contestar, mesmo a própria Regra explicando que são intenção e movimento antinatural as duas únicas condições para se marcar. Com isso, virou queimada no Brasil… qualquer mão é falta ou pênalti. Avalie no próprio jogo do Flamengo contra o Grêmio: o defensor quis colocar a mão de propósito na bola, ou ainda, deixou o braço para que a bola batesse nele? Claro que não, foi um movimento natural de corrida, e bater a  bola na mão é casualidade e o jogo deve seguir. E, para piorar, muitos comentaristas de arbitragem (que eventualmente frequentam eventos da CBF e algumas festas) acabam fazendo malabarismos para justificar essas marcações bizarras, como que se “defendessem a causa”.

No mundo ideal, os melhores apitariam, os árbitros seriam formados e treinados por pessoas competentes da CBF e não pelas suas federações, e os aspectos políticos deixados de lado. Óbvio, os pênaltis inexistentes e os “jogos picados por excessivas faltas” (todo contato físico é infração no Brasil, é uma loucura) não existiriam. O problema é: onde estão as pessoas competentes e livres de amarras para fazerem isso?

Assista algum jogo da Premiere League e reveja Cruzeiro vs São Paulo, apitado por Anderson Daronco no último sábado (ou Corinthians vs Palmeiras, no domingo, apitado por Ramon Abatti Abel): é outro esporte, é outro tempo de bola rolando e outra dinâmica.

Não podemos normalizar os pênaltis “a lá brasileira”, da Regra 12B, nem aceitar sem contestar os jogos maltratados por inúmeras faltinhas no meio de campo, sem bola rolando.

Fonte: professorrafaelporcari.com

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

A Era Cintra: entre coaching, política e estagnação

'O Pavão" - Foto: IA

A Comissão de Arbitragem da CBF iniciou em 2025 um novo ciclo sob a liderança de Rodrigo Martins Cintra. Longe do apito há quase 20 anos, sem experiência em gestão e conhecido nos bastidores como “Pavão do Apito”, Cintra assumiu em meio a desconfiança geral.

O modelo de “coaching” aplicado à arbitragem

Segundo uma fonte na CBF, Cintra promove encontros presenciais no Rio de Janeiro com a promessa de elevar o rendimento dos árbitros. Porém, o conteúdo exposto causa perplexidade: cerca de 15 minutos de orientação técnica, seguidos de longas palestras motivacionais típicas de coaching – definição de sonhos, metas e obstáculos.

Na prática, os árbitros saem com frases feitas, mas o rendimento em campo permanece o mesmo, ou seja, sofrido e questionável.

A falta de diálogo com o futebol real

Um dos pontos centrais é o isolamento da comissão. Cintra não conversa com presidentes de clubes, não dialoga com federações e ignora a voz das arquibancadas. A arbitragem vive em redoma, alheia ao futebol real.

A gestão dividida: Cintra e Péricles

Na prática, a comissão funciona em duas frentes: Cintra cuida do campo e Péricles Bassols do VAR. Mas em vez de integração, há conflito. As orientações mudam ao sabor da repercussão midiática, sem projeto estruturado.

O slogan “arbitragem sem fronteiras”

O lançamento do bordão “arbitragem sem fronteiras” parecia ousado, mas se revelou instrumento político. Cursos foram espalhados por estados sem calendário, servindo mais como moeda de troca com federações do Norte do que como medida de qualificação.

Acúmulo de funções e suspeitas de isenção

Inspetores e analistas como Eveliny Pereira, Marcelo Van Gasse e Regildenia Moura, e outros chegaram a atuar em três jogos na mesma rodada. Como manter isenção, qualidade e focar no trabalho.

Seria como uma pessoa ter três empregos em um: Escala, avalia, viagem, dá o feedback do que avaliou; instrução, viajam para cursos e jogos no exterior. Quem pode melhorar a arbitragem desta forma?

A influência política de Samir Xaud

Por trás da comissão está o novo presidente da CBF, Samir Xaud, de Roraima. Amparado por apoios políticos e decisões judiciais que suspenderam investigações, assumiu o comando de uma confederação que movimenta bilhões, mesmo vindo de um estado sem tradição nem estrutura no futebol.

A sucessão de presidentes e o padrão de fracasso

Cintra sucedeu Wilson Seneme, cuja gestão foi marcada por autoritarismo, salário milionário e assédio moral explícito contra árbitros e inspetores. Antes dele, Leonardo Gaciba durou pouco. Antes ainda, o Cel. Marinho estruturou o VAR, mas caiu na turbulência política da CBF.

O padrão se repete: discursos novos, práticas velhas, resultados decepcionantes.

Conclusão

A era Cintra não inaugura um novo ciclo. Pelo contrário, repete vícios históricos: improvisos, vaidades e política. O que deveria ser trabalho sério virou espetáculo de coaching e autopromoção.

O diagnóstico é claro: a arbitragem precisa de dirigentes dedicados em tempo integral, abertos ao diálogo com clubes, federações e torcedores, focados em meritocracia e evolução técnica.

Enquanto isso não acontecer, seja quem for o comandante, a credibilidade seguirá em queda.