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segunda-feira, 31 de julho de 2023

'Se não vai no amor, vai na dor’: Em represália a nota oficial, Seneme castiga toda arbitragem goiana

A arbitragem goiana sentiu o duro golpe de provar no último fim de semana o que o Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, quis dizer com sua celebre frase: ‘Se não vai no amor, vai na dor’.

“Eu resumiria, e vou explicar depois, assim: se não vai no amor, vai na dor” – disse Seneme ao podcast ‘Hoje Sim’.

Na rodada ocorrida neste fim semana, Seneme não escalou árbitro goiano em nenhuma partida das competições em andamento da CBF. Segundo o Blog apurou, o motivo foi a nota oficial da Federação Goiana de Futebol (veja abaixo), divulgada na última segunda-feira (29) criticando a atuação do árbitro Caio Max, na derrota do Goiás para o Cruzeiro no domingo (23), em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro da Série A.

Segundo a nota, após análise, foi avaliado que o Goiás foi claramente prejudicado ao não ter a penalidade concedida pelo árbitro Caio Max Augusto Vieira, do RN, e pelo VAR Rodrigo Nunes de Sá, do RJ, ao final do 1º tempo.

A nota ainda diz que “diante destes fatos, a FGF irá cobrar a Comissão de Arbitragem da CBF por um eventual esclarecimento em casos de erros claros cometidos contra seu filiado (veja abaixo).

Pelo visto o tiro saiu pela culatra e a cobrança dos goianos foi respondida com um recado duro e digno de um 'ditador' deixando todos profissionais do estado fora das escalas. Nem mesmo os árbitros e assistentes do quadro internacional e mundialista, Wilton Pereira Sampaio, Bruno Raphael Pires e Fabricio Vilarinho escaparam da ira e de retaliação do ditador do apito.

Até mesmo os jogos que foram realizados em Goiás nesta rodada, onde normalmente se utiliza estrutura local como quarto árbitro e analistas de campo, escaparam da ira de Seneme. Em todos eles - Goiás x Grêmio, Atlético-GO x Sampaio Correia-MA e Aparecidense-GO x Floresta-CE -, foram escalados profissionais do DF para as funções que seriam desempenhadas pelos locais.

A perseguição foi clara e comprovada a seguir. Veja abaixo as escalas - que um integrante da CA/CBF gentilmente enviou ao Blog -,  e comprove nenhum profissional de GO escalado nas 46 partidas das séries A, B, C e D do Brasileiro. Veja nos detalhes os profissionais de outros estados se deslocando para cumprirem as funções onde normalmente nos outros jogos, são escalados locais.

Na rodada anterior, oito profissionais goianos foram escalados nas mesmas divisões.

A ira de Seneme

Segundo uma fonte na CA-CBF, Seneme ficou irritado, muito contrariado e bradou ser inadmissível a nota da FGF criticando o árbitro. Segundo ainda a fonte, Seneme não esconde o desprezo com a CEAF goiana pelo fato de ser comandada por um Militar (Cel. Júlio César Mota) que nunca foi árbitro e não teria autoridade para fazer qualquer análise.

O Blog falou com um membro da CEAF goiana que disse que só o presidente Ronei Freitas pode falar sobre o assunto. Também informou que a comissão estadual não emitiu qualquer análise, que não foi informada e só ficou sabendo da nota quando esta foi publicada pela FGF. Pelo visto, sentiram o golpe.

Como todos sabem, Seneme não fala com o Blog e todos os membros estão proibidos de darem qualquer informação e estão apavorados de serem ligados a qualquer postagem, mas caso alguém queira se pronunciar, o espaço esta aberto e este post será atualizado.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Presidente do Cruzeiro é flagrado em traição com esposa de árbitro mineiro

Segundo uma fonte, mesmo morando juntos, casal estava separado a mais de três meses

Foto de Sérgio com esposa de árbitro em festa foi publicada pelo colunista Leo Dias - Crédito:  Reprodução Instagram @leodias

No último final de semana, um vídeo polêmico foi divulgado nas redes sociais do colunista Leo Dias onde aparecem Sergio Santos Rodrigues, presidente do Cruzeiro e Tassiana Valim, esposa do árbitro Felipe Fernandes de Lima, que apitou a final do Campeonato Mineiro de 2022 em que o Cruzeiro foi derrotado por 3 a 1 pelo Atlético Mineiro.

No vídeo, veja abaixo, segundo descrito no post, gravado no dia 15 de junho em uma boate em Uberlândia-MG, as imagens mostram o momento em que Sérgio e Tassiana trocam carinhos em uma boate, sem se importar com o flagra.

Tassiana Valim que é Secretária Geral e vice-presidente da Comissão de Direito e Família da OAB-MG, é casada com Felipe Fernandes de Lima, árbitro do quadro da Federação Mineira de Futebol (FMF) e da CBF, com quem tem uma filha. Sérgio é casado, tem três filhos, entre eles um bebê de meses.

Segundo relatos, o motivo seria vingança. O dirigente teria ficado com a esposa do árbitro por estar ressentido desde a final do campeonato mineiro do ano passado, pois, segundo especulações que rondam nos bastidores, o presidente do clube culpou o árbitro e teria guardado rancor pelo seu time levar a pior, o que influenciou na pulada de cerca.

Ao jornalista, Felipe não quis comentar sobre o assunto e resumiu que “Estou conversando com ela [Tassiana]”. O perfil do casal saiu do ar após o flagra vir à tona.

O Blog tentou falar com Felipe Lima para esclarecer as informações, porém não recebeu qualquer reposta. Em contato com uma fonte próxima ao árbitro, foi informado que o casal havia se separado a cerca de três meses com processo de separação tramitando na justiça, mas que Tassiana ainda não tinha saído da casa por conta da filha que tem com Felipe. Segundo a fonte, Tassiana não tomou os devidos cuidados se atentando que oficialmente ainda estava casada com uma pessoa publica e que qualquer envolvimento amoroso poderia ser mal interpretado vindo a expor a família, o que de fato ocorreu.

Felipe Lima, Tassiana Valim e Sérgio Santos Rodrigues - Crédito: Internet

O Blog não conseguiu contato com Sérgio Santos Rodrigues. O presidente da Associação do Cruzeiro (SAF da Raposa) – que cuida do futebol – tem como mandatário Ronaldo (R9) com 90% das ações do Cruzeiro.

O Blog também não conseguiu contatar Tassiana Valim. O espaço esta aberto caso algum dos citados queiram se pronunciar e o post será atualizado caso isso ocorra ou surja novas informações.

terça-feira, 11 de julho de 2023

Seneme cede à pressão e afasta terceiro árbitro em um mês por erros graves

Bruno Arleu - Novo inquilino da 'geladeira Seneme'

O árbitro Bruno Arleu Araújo (FIFA/RJ) é mais um que visita, por tempo não informado, mas que não deve ser superior a duas rodadas, a ´geladeira Seneme’. O carioca foi afastado pela Comissão de Arbitragem da CBF após marcar pênalti que resultou no gol da vitória do Santos, por 4 a 3, sobre o Goiás, na Vila Belmiro, no último domingo (9).

A maioria dos integrantes da comissão de arbitragem da CBF entendeu que houve erro de Arleu ao marcar pênalti de Lucas Halter, do Goiás, sobre Joaquim, do Santos. O árbitro recebeu a sugestão do VAR para revisar o lance e mesmo assim manteve a decisão de campo.

Bruno Arleu não é o primeiro a ser punido com a geladeira na gestão Seneme. Só este ano, antes dele, Jean Pierre Lima (RS), Raphael Claus (SP) e Mayron Novaes (MA) - validou gol em que a bola não entrou na série D – foram afastados para reciclagem.

Aliás, Bruno Arleu conhece bem o caminho tortuoso da ‘geladeira Seneme’, pois esta é a segunda vez que o FIFA é afastado na administração do paulista. A outra vez foi também em jogo do Goiás, no empate por 1 a 1 com o contra o Fortaleza, pela 10ª rodada do Brasileiro de 2022, na Arena Castelão, no Ceará. Na ocasião, o árbitro carioca foi afastado após não marcar um pênalti do zagueiro Caetano, do Goiás, sobre Yago Pikachu, do Fortaleza.

Entre junho e julho do ano passado, o tom das cobranças de jogadores, técnicos e dirigentes subiu e sete árbitros foram afastados pela CBF, que tentava assim contornar mais uma crise envolvendo o setor. Na ocasião, além do FIFA carioca foram afastados Savio Pereira Sampaio (FIFA/DF), Rafael Traci (FIFA/SC), Emerson de Almeida Ferreira (MG), Marcus Vinicius Gomes (MG), Luiz Flávio de Oliveira (FIFA/SP) e Wagner Reway (FIFA/PB. A CBF teve que construir um puxadinho na geladeira para caberem todos.

Não há padronização para o afastamento de profissionais, seja quanto ao tempo na "geladeira", seja entender quais erros são passíveis dessa punição. Para alguns, como o paulista Raphael Claus, o castigo pode durar duas rodadas, outros são escalados nas divisões de acesso, mas para outros, a pena pode ser perpetua como a do maranhense Mayron Frederico que, com exceção de já estar designado como quarto arbitro na rodada seguinte, não foi mais escalado desde o gol irregular.

A ABRAFU – Associação Brasileira dos Árbitros CBF, que, segundo alguns, foi fundada para que o árbitro não apanhe calado, esta muda, quietinha e age como se nada estivesse acontecendo com seus associados. Como o corpo diretivo é composto por subservientes prestadores de serviços da CBF, a surpresa é zero para todos, pois caso pecam qualquer reclamação, entrarão na fila da 'geladeira Seneme’. Arleu e Claus, que são da diretoria, sabem bem o que é 'apanhar calado'.

Diretoria da ABRAFUT - Punidos em destaque

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Justiça determina que CBF apresente contratos de patrocínios dos árbitros

Decisão da 6ª Vara Civil do Rio de Janeiro em ação impetrada pela ANAF estipula cinco dias de prazo

Desde que Ednaldo Rodrigues assumiu a presidência da CBF - Confederação Brasileira de Futebol, a relação com a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) -, se transformou num imenso tabuleiro de xadrez e desde então, cada jogador faz sua jogada em busca do xeque-mate.

O primeiro movimento foi de Ednaldo cortando repasse financeiro e qualquer relação com a entidade dos árbitros motivado pelo rancor que mantem até hoje contra Arilson Bispo, então tesoureiro da ANAF e ex aliado do dirigente enquanto este presidia a Federação Bahiana de Futebol com termino da relação de forma mal resolvida.

Após tentativas de reaproximação fracassadas, à ANAF não restou outra alternativa a não ser movimentar seu peão no tabuleiro, entendidos por todos como uma ação de Davi contra Golias, como nos contos bíblicos, devido poderio economico da CBF.

Em agosto de 2022 a entidade ingressou na justiça comum reivindicando vários direitos dos árbitros, entre eles o direito de imagem com pedido de liminar para que seja apresentado os contratos de patrocínios nas camisas dos referidos profissionais.

A ação tramita na 6ª Vara Cível da Regional da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Dr. Gislaine Nunes, advogada da ação ao lado de Salmo Valentim e Evandro Carvalho

Segundo informações, no último 4 de julho, a Juiza Flavia de Almeida Viveiros julgou procedente a medida cautelar antecedente determinando que:

A ré (CBF) exiba em até 5 dias os contratos referidos e todos os demais que façam publicidade nas camisas dos árbitros de futebol. Na decisão é citado os contratos com a SKY (contratos desde 2104), TCL (contrato desde 2017)e a Kappa.

Em sua decisão a Juíza argumenta que o interesse processual é evidente e legítimo, já que a entidade representativa dos árbitros necessita saber o valor dos contratos, para poder calcular o valor devido aos seus associados e que a competência é da Justiça Comum, por ser a questão civil-contratual.

Ainda na argumentação da decisão, a magistrada diz que a ré alega confidencialidade, desconhecendo que não pode transacionar sobre direito alheio, sem a anuência dos titulares do direito, neste caso os árbitros e que se pretende nesta demanda está intimamente associado à imagem dos árbitros, que está sendo explorada, já que são instados a se vestirem com a marca de terceiros, sem sequer receberem por isso.

Por fim, diz Flavia Almeida que a CBF faz parte do Sistema Nacional de Desporto e deve obedecer, conforme artigo 2º § único I da Lei 9615/98, ao princípio da TRANSPARÊNCIA, pelo que a procedência do pedido se impõe.

O despacho ainda condenou a CBF com as custas processuais e verba honorária de R$ 1.000,00.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Divididos entre duas entidades, árbitros continuam apanhando calados

Crédito: Reprodução Portal Terra

Na atualidade, existe duas entidades de classe que, pelo que tudo indica, resultara em uma briga nos bastidores e até mesmo na justiça para representar a arbitragem brasileira e especialmente para ter direito a indicação ao STJD e nesta condição, quem sabe fazer acordo cedendo o direito à CBF, sabe-se lá a que custo e a benefício de quem. 

Criadas estatutariamente com o mesmo propósito, ou seja, representar os árbitros do quadro nacional, tanto a ANAF – Associação Nacional dos Árbitros de Futebol quanto a ABRAFUT – Associação Brasileira dos Árbitros CBF – relegam e marginalizam os demais árbitros dos quadros das federações estaduais e outros milhares de amadores espalhados pelo país que se sujeitam atuar sem quaisquer garantias e direitos.

Prestes a completar 26 anos - fundada em 25 de outubro de 1997 – a ANAF, bem ou mal e abandonada pelos árbitros que só pensam nas escalas e nas taxas, vinha fazendo o papel de representar a categoria. Foi assim nas inúmeras visitas a Brasília para aprovar a profissionalização da arbitragem, foi assim nas inúmeras visitas a CBF com reivindicações, muitas delas atendidas como aumentos reais e aumento de 50% para 60% da taxa do árbitro para o assistente entre outras conquistas que é do conhecimento de todos, mas que posso relembrar nos comentários caso alguém desconheça e queira saber.

Acompanho o trabalho dessa entidade desde 2008, presencialmente desde 2011, e posso afirmar que todas as conquistas que a categoria teve, foi sem qualquer apoio dos árbitros e para comprovar basta olhar as fotos das visitas a Brasília, fotos dos congressos e assembleias que será perceptível a ausência dos árbitros que reclamam dos dirigentes, mas na sua maioria não os apoiam, não contribuem em nada e nem tem sequer a curiosidade de saber a situação das finanças e da administração da entidade. Querem tudo, todos os direitos, todas as conquistas, mas não fazem nada e não contribuem com nada para que isso aconteça!

Recentemente foi criada a ABRAFUT que tem como lema “criada para os árbitros não apanharem calados”, mas pelos episódios do último domingo, onde o treinador Luiz Felipe Scolari, do Atlético Mineiro, disse que os árbitros “recebem ordem lá de dentro para perseguir o jogador Hulk” e João Martins, auxiliar do técnico palmeirense Abel Ferreira que disse que o “sistema não deixa os melhores ganharem no Brasil”, continuarão apanhando como sempre, pois o silencio imperou nas entidades que representam ou deveriam representar a categoria.

Como todo mundo suspeita, a ABRAFUT foi criada sob ordens e benção da CBF, por prestadores de serviços e por essas condições, não vão atacar afiliados (Atlético e Palmeiras) do seu criador. A entidade novata, além de uma nota de repudio meia boca - a outra nem isso fez -, nada mais fara de verdade e pra valer nos tribunais desportivos e comum em defesa de quem ela diz representar.

Por sua vez, a moribunda e abandonada ANAF, que agoniza em seu tumulo esperando a última pá de cal, como tem feito ultimamente, continuará calada dormindo em berço esplêndido até o suspiro final.

Crédito: Reprodução Portal Terra

A divisão na representatividade, além de enfraquecer a categoria, vai aumentar ainda mais o poder da CBF, que continuará indicando os representantes da arbitragem no STJD, seja qual for a entidade detentora do direito. Aliás, como historicamente sempre foi feito em acordos escusos por alguns dirigentes da entidade, algumas vezes no calar da noite, outras dentre quatro paredes e sem testemunhas. Acordos que nunca vieram a luz do dia com os detalhes incluindo a contra partida à arbitragem por abrir mão de um direito contido na lei do desporto nacional. Nesses anos da existência da entidade, entra um, sai outro e nada muda. Quem entra se torna rapidamente uma engrenagem do 'sistema', esconde o passado ja pensando no futuro ou no seu futuro.

A arbitragem visivelmente está dividida entre duas entidades na frágil e omissa representatividade, mas está unida no fracasso da categoria de ontem, de hoje, de amanhã e de sempre por ser formada por árbitros subservientes ao ‘sistema’, sem nenhum compromisso além dos seus interesses pessoais, nas escalas, nas taxas e nas beneficies que a função proporciona. Também está fadada ao fracasso por muitas das vezes, depender de usurpadores sem visão de grupo e que como gafanhotos famintos usam as entidades apenas como forma de atingirem seus objetivos pessoais.

Os culpados de tudo isso são somente os proprios árbitros. Então, como diz aquele famoso youtuber: "RECEBA!"

Crédito: Reprodução Instagram

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Sob coordenação da CBF, árbitros FIFA fundam nova associação de árbitros no Brasil

Grupo dos 15 que criou a ABRAFUT sob ordens da CBF - Crédito: Abrafut

No dia 13 de março do presente ano, foi fundada, por árbitros pertencentes ao quadro da FIFA, a ABRAFUT - Associação de Árbitros de Futebol do Brasil -, mas que já está sendo chamada como ‘Associação Brasileira dos Árbitros FIFAs' e abaixo explico porquê.

O denominado 'Grupo dos 15' foram divididos em duas categorias, os fundadores e os administradores. Os fundadores foram os árbitros Bruno Arleu e Wagner Magalhães do Rio de Janeiro e os assistentes Neuza Inês Back e Danilo Ricardo Simon Manis, de São Paulo e Bruno Raphael Pires, de Goiás.

Já o grupo de administradores foi definido, não se sabe se em votação ou indicação, da seguinte forma: Marcelo Carvalho Van Gasse (Presidente); Anderson Daronco (Vice-presidente); Wilton Pereira Sampaio (Diretor administrativo); Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (Tesoureiro). Com exceção de Van Gasse que é do quadro Master (FIFA aposentado), todos os demais pertencem ao quadro FIFA.

O estatuto da entidade só permite associados que pertençam a Seleção Nacional dos Árbitros de Futebol (SENAF), o que de cara restringe apenas aos árbitros da CBF e exclui os demais profissionais do país tirando a função de uma associação nacional como anunciada.

Outra aberração no estatuto e, certamente inconstitucional, difere o peso dos votos nas eleições dando peso vinte ao árbitro FIFA e limitando a cinco das demais categorias conforme permanência no quadro.

Segundo documentos obtidos pelo Blog, a abertura da entidade custou R$ 6.620,65 e duvido que tenha saído do bolso de algum dos fundadores ou sido contribuição dos demais tendo em vista que a categoria se recusa a contribuir ou pagar qualquer valor para entidades sindicais.

Da lista que compõe a diretoria e fundadores, com exceção de Neuza Back que contribuía com a ANAF – Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, nenhum outro tem histórico de pagar entidades representativas sendo ela nacional ou estadual, exceto os paulistas que tinham as contribuições descontadas nas taxas antes de receberem por conta de convênio entre a Federaçao Paulista de Futebol, sindicto e cooperativa que previa os descontos.

Incrivel como as pessoas mudam conforme seus interesses. No grupo dos 15, tem um árbitro que ficou milionários acumulando taxas e premiações da arbitragem e não pagando as devidas contribuiçoes sindicais, já tendo dito várias vezes que comprou televisor de 70 polegadas com o dinheiro que seria para pagar os 5% das taxas e as contribuições. Além de não pagar o devido, esse árbitro nunca fez qualquer gesto de preocupação com a categoria, sempre foi critico da ANAF e incrivelmente agora aparece como fundador de uma entidade apoiada pelo seu patrão. 

Apesar de supostamente por ordem da CBF, não se sabe os motivos reais que levaram esses árbitros se juntarem para criarem uma entidade tendo em vista que jamais participaram da já existente, seja de forma participativa ou financeira tendo em vista que nunca participaram de qualquer ato, assembleia ou foram filiados a ANAF.

No grupo dos 15, quatro deles de São Paulo, Estado onde o sindicato dos árbitros está fechado a quatro anos e não tomaram qualquer atitude para reativar a entidade ou criar uma associação nos mesmos modus operandi para defender os árbitros paulistas.

Nos bastidores, comenta-se que a entidade foi criada por ordem da CBF, para enfraquecer a ANAF e assim tentar ter o direito, como inteligentemente está no estatuto, indicar os dois auditores, que a categoria tem direito por lei, para o Pleno STJD e assim ter controle sobre aquele órgão que tem poderes, inclusive para afastar o presidente da CBF.

Segundo o Estatuto, a sede será na luxuoso e beira mar AV. Lucio Costa, 3300, Bloco 8, Apt 705. Fazendo uma rápida busca na internet, um apartamento neste endereço tem valor entre 800 mil e 6 milhões de reais. O condomínio e IPTU giram em torno de 5 mil reais cada. A pergunta que fica e que não quiseram responder é: Quem é o dono do apartamento onde esta registrado a sede, ou quem paga o aluguel e as demais despesas, que alias não consta na documentação disponível na apresentação.

Obs. Os árbitros tem todo direito de fundarem quantas associações acharem necessárias dentro das leis que rege o assunto e o Blog não esta questionando a fundação. Apenas questionando os motivos, tendo em vista ja haver uma que eles sempre boicotaram e agora criam uma identica, mas com propositos diferentes.

Denuncia

O Blog conversou com alguns árbitros que disserem terem sido surpreendidos ao serem adicionados ao grupo de Whatsapp da ABRAFUT sem autorização ou qualquer consulta. Segundo esses árbitros, se sentem coagidos e obrigados a ficarem no grupo, mesmo não concordando com medo de represalias por parte da CBF.

O Blog apurou que o grupo criado incluiu todos os árbitros do quadro SENAF onde mensagens intimidatoria para adesão de todos estaria sendo divulgada.

O Blog apagou identificação para que o árbitro não seja identificado e perseguido

O que eles disseram

O Blog tentou falar com Marcelo Carvalho Van Gasse através de mensagem de Whatsapp sobre a fundação da entidade e sobre as denuncias de intimidação e coação dos árbitros, mas o agora dirigente visualizou a mensagem, mas não respondeu. Este post será atualizado caso a messagem seja respondida.

O Blog também consultou Salmo Valentim, presidente da ANAF. Segundo o dirigente, a fundação de mais uma entidade representativa dos árbitros é bem vinda e ele espera que a ABRAFUT possa abraçar as causas que ele, através da a associação que preside como direito ao patrocínio das camisas dos árbitros, direito de arena, melhores taxas, mesma taxa em qualquer categoria, diarias durante cursos, durante treinamentos e concentrações para partidas, defesa jurídca, seguro de vida entre outros.

Salmo ainda disse que se tivesse sido procurado, discutiria com o grupo uma forma de eles assumirem a ANAF para assim colocarem em pratica suas ideias que pudessem ser benéficas e ajudar a categoria.    

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Ouvidoria Fake da Federação Mineira afasta árbitro para reciclagem 

Felipe Lima foi punido por lance polêmico dez dias depois de partida pelo Estadual

Felipe Lima foi afastado por 'Ouvidoria Fake' - Crédito: César Greco/Palmeiras

Na semana passada, dia 27/03, a Ouvidoria de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol (FMF) decidiu afastar e mandar para a reciclagem o árbitro Felipe Fernandes Lima. A decisão veio após análise técnica da arbitragem na segunda partida da semifinal do Campeonato Mineiro, entre Atlético-MG x Athletic, disputada no Independência, onde foi reconhecido um “erro decisivo”.

O lance específico aconteceu aos 25 minutos do segundo tempo, em uma bola atrasada para Everson, o arqueiro atleticano saiu dando um chutão, mas deixou o braço que pegou no atacante Nathan. O árbitro mandou o jogo seguir, mas foi chamado pelo árbitro de vídeo para revisar o lance. Felipe seguiu com a sua primeira decisão e não marcou o pênalti, mas a Ouvidoria da FMF entendeu que ele errou e que deveria ter assinalado o penal e dado cartão amarelo ao goleiro do Galo (veja vídeo abaixo).

“Entendemos que se trata de um erro isolado, apenas do árbitro da partida. Os assistentes e o quarto árbitro estavam longe e não tinham condições técnicas de analisar com qualidade a jogada. Entendemos que o árbitro de vídeo foi preciso, pontual e assertivo ao recomendar uma revisão e que o erro foi puro e exclusivo do árbitro da partida que, equivocadamente, entendeu como não falta, e considerou-se tratar de um movimento natural do goleiro do Atlético” - diz a FMF em documento que, segundo a entidade, foi feito pela ouvidoria.

Blog conversou com alguns instrutores de arbitragem da CBF sobre o lance. Entre eles, mais que a metade entenderam que após rever o lance na câmara lenta, a penalidade deveria ser marcada com certeza, mas ressaltaram que o futebol não é jogado em câmara lenta e chamaram atenção para que o goleiro não levou nenhuma vantagem no contato, o que também deve ser levado em consideração para analisar o lance.

Blog entende que o lance é interpretativo, que a punição foi exagerada e não passa de cortina de fumaça para esconder os erros cometidos pelos árbitros, pela comissão e para justificar a importação de profissionais de outros estados para o segundo jogo da final, pois o chefe dos árbitros teria dito em reuniões que árbitros de fora era vergonha para os profissionais local por mostrar a incapacidade deles e não mudaria nada para o dirigente, pois seu salário está sendo depositado normalmente.

Mas deixando de lado a questão técnica, se acertou ou não o árbitro punido, dois fatores chamam atenção no documento. O primeiro é que a punição ao árbitro só ocorreu dez dias após a partida e o segundo é que a FMF não tem oficialmente Ouvidor na sua estrutura de arbitragem.

Não existe Ouvidoria na estrutura oficial da FMF

Blog ficou curioso e foi atras das informações para saber quem é o ouvidor e descobriu que não passa de uma Fake News, poi no site oficial da entidade ou na estrutura organizacional da Comissão de Arbitragem, não existe link ou qualquer outra menção para ouvidor ou ouvidoria e se não tem ouvidor, aliás como deveria ter, quem fez o relatório se passando oficialmente por ouvidor, cometeu irregularidade maior que a julgada, o que por si só já é vergonhoso, lamentável e que necessita rápida apuração e punição por parte da direção da FMF para não perder ainda mais credibilidade ficando rotulada como propagadora de fake news.

Na tentativa de encontrar o ouvidor, primeiramente foi procurado Marcio Eustaquio Souza Santiago, que todos apontam como presidente de fato da comissão de arbitragem da FMF, já que o titular, Juliano Lopes Lobato, devido a política, é vereador e 1º vice-presidente da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, raramente aparece na Federação ou nos eventos da arbitragem.

Nitidamente tentando ganhar tempo, Santiago respondeu ao Blog dizendo que ia conversar com os demais membros da comissão e retornaria o contato, o que não ocorreu até a publicação deste post.

Documento da ouvidoria fake afastando o árbitro - Crédito: Reprodução Twitter

Blog também procurou Adriano Aro, presidente da Federação Mineira de Futebol, mas o dirigente não respondeu o contato. O Blog insistiu enviando mensagem para a secretaria do dirigente, mas Adriano, assim como muitos outros em situações parecidas, foge da polemica e usa o silencio para que este episódio fake caia no esquecimento. É uma pena, pois a atitude do jovem dirigente vai ao contrário do que afirmou quando assumiu a entidade de que seria transparente na condução dos trabalhos e que todos os seus comandados também deveriam agir igual, mas pelo visto, só agem de forma igual ao jogar a sujeira para debaixo do tapete.

Em matéria anterior, o Blog denunciou a insatisfação dos árbitros com a CEAF/MG (leia) e voltou a conversar com alguns sobre a situação atual e o cenário descrito é pior ainda e mais preocupante. Segundo os comentários, a única coisa que não mudou foi vontade de Márcio Santiago assumir definitivamente a presidência da Comissão de Arbitragem no lugar de Juliano Lobato, vontade essa que ele ja não esconde de ninguém. O Blog apurou que essa vontade deve se concretizar em breve, pois Lobato deve se afastar da FMF para assumir a presidência da Câmara de BH com apoio do ex Deputado Federal Marcelo Aro, irmão de Adriano e sua família de políticos que conta com o pai, que é Deputado Estadual e da mãe que assim como Juliano, é Vereadora em BH.

Os árbitros relatam que Santiago, além de não escutar ninguém, se auto promoveu ouvidor e, em tom de deboche, mais de uma vez já disse ao grupo que quem tiver qualquer problema com a comissão é só relatar à ouvidoria, pois ele mesmo vai receber, analisar e como legislador tomar as providencias que bem entender.

Os árbitros relataram ainda várias transgressões de Santiago como gestor, que eles acreditam não devem ter chegado ao conhecimento de Adriano Aro e o Blog vai relatar uma delas.

Fazekas

Segundo os relatos, o árbitro CBF Marco Aurelio Augusto Fazekas Ferreira, é o queridinho de Márcio Santiago, pois o mesmo seria uma espécie de TI e faz tudo que é relacionado aos computadores, seja na comissão de arbitragem, seja na residência de Santiago, ele arruma e faz o sistema funcionar. Segundo ainda os relatos, Fazekas marca até mesmo reuniões com árbitros e até teria influencias nas escalas, não só sabendo antecipadamente, mas informando aos demais antes de serem divulgadas oficialmente.

Marcio Santiago (azul) e Marco Aurelio Fazekas, o mais próximo do monitor

Apuramos que Fazekas fez o curso ‘Promissor FIFA’, que esta semana está em treinamentos na CBF e que Santiago pretende colocá-lo como VAR/FIFA brevemente no lugar de Igor Benevenuto.

Segundo ainda os relatos, Fazekas teria sido o principal causador na polêmica, na partida entre Cruzeiro e América, na qual atuou como VAR, ao informar ao árbitro ter sido pênalti um lance dado como falta fora da área, sem checar antes a linha de impedimento. O árbitro de campo, Paulo Cesar Zanovelli, anulou a decisão, marcou o pênalti, mas após sete minutos de muita reclamação do lado do América, o árbitro novamente a pedido do VAR, voltou atras na decisão do penal, anulou o pênalti, e marcou o impedimento do atacante Gilberto, que participou do início da jogada (veja vídeo abaixo).

Ha relatos, de conhecimento de todo grupo, que supostamente teria havido interferência externa nessa partida e em outras do campeonato, pois Santiago tinha conexão direta com um integrante da extinta 'Central do Apito', da Rede Globo, amigo seu de longa data, que provavelmente repassava instantaneamente via WhatsApp as irregularidades nos lances e este informava o VAR de cada partida com quem tinha comunicação direta.

Para confirmar o apadrinhamento, pelo erro no lance mostrado no vídeo acima, Marco Aurelio Fazekas foi premiado com a escala de VAR na primeira partida da decisão deste ano disputada no último sábado entre América e Atlético.

Blog enviou mensagem ao árbitro Marco Aurélio Fazekas para que falasse sobre as denúncias, mas o mesmo não respondeu o contato até a publicação deste post que será atualizado caso ele ou algum dos outros citados entre em contato.

Por fim, depois da matéria onde relato o descontentamento dos árbitros com Márcio Santiago, o mesmo deu início a caça às bruxas tentando saber quem seria o informante do Blog em vez de sanar as divergências com seus liderados. Por conta disso, deixo registrado que, de alguma forma, diretamente ou não, todos contribuem para que as informações cheguem ao Blog que deixa uma dica: “O verdadeiro LÍDER aprende com seus liderados, e, deles colhe aquilo que NELE precisa ser melhorado” - Sidclei Galo.

Adriano Aro se cala em relação ouvidoria fake - Crédito: Falagalo

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Quem escala no Safesp?

Com início das competições da OAB, surgem dúvidas sobre as escalas e destino dos valores do maior e mais rentável contrato do Sindicato

No último sabado, teve início os jogos da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil -, tradicional campeonato que há décadas é de responsabilidade do Sindicato dos árbitros de São Paulo e novamente podemos observar, através das redes sociais, vários árbitros atuando na competição. O que chama a atenção é que em algumas fotos aparecem nos trios "escalados", profissionais não associados e até mesmo supostamente sem qualificação profissional exigida para exercer a função. Isso tudo por conta da desorganização administrativa do Sindicato Paulista.

Mas como indaga o texto do post, quem escala no Safesp? Essa é a pergunta que não quer calar. O Blog foi atras e segundo alguns disseram as escalas seriam feitas pelo próprio presidente Aurélio Sant´Anna Martins, eventualmente com auxílio do seu tesoureiro Fabrício Porfírio. Mas a quem diga que alguns campeonatos e amistosos são escalados por parceiros pontuais como empresas de arbitragem e até árbitros federados e uma dessas competições seria a OAB. Dessa forma o Safesp receberia a taxa, repassaria um percentual ao responsável pela escala e esse fica incumbido de pagar os prestadores de serviços.

Segundo apurado pelo Blog, a escala da OAB vem sendo loteada entre as empresas presentes nas duas últimas assembleias do Safesp e parente da vice presidente da entidade. Além do cargo no sindicato, Regildenia Moura é funcionária da CBF – Confederação Brasileira de Futebol -.

O Blog conversou com um árbitro que atua a alguns anos na várzea tanto para empresas de arbitragem como para o SAFESP e nos jogos da OAB.

“Quem fazia as escalas na gestão anterior do Safesp era as duas Vivianes (Vivian e Viviane). Com a nova diretoria, como não tinham conhecimento e nem capacidade para escalar, o atual presidente terceirizou as escalas dividindo a cidade de São Paulo em regiões. No ano passado, na zona leste escalava Salin (Salin Fende - Árbitro FPF e CBF), zona oeste Dema (Demetrius Pinto Candaçan), zona norte Salin e Dema dividiam as escalas, zona sul era do Mauro Perdigão e ABC ficou com a Regildenia, que obviamente passou para o irmão dela (Eraldol Holanda)".

Ao centro, Eraldo Holanda, irmão de Regildenia e um dos preposto do Sindicato ao lado de Bruno Holanda e Guilherme Holanda, todos parentes da Vice do SAFESP

Segundo informações, a OAB efetua o pagamento de 550,00 reais por partida na categoria adulto para o Sindicato que repassaria em média 450,00 reais aos terceirizados. Não se sabe o destino dos cerca de 100,00 reais retidos por jogo.

Segundo o apurado, a terceirização está acarretando na escala de não associados do Safesp e de alguns árbitros que sequer possui formação na área e isso serve de alerta para a OAB fiscalizar a devida documentação legal dos árbitros tendo em vista que provavelmente conste a necessidade de qualificação dos profissionais no contrato.

O Blog procurou a organização do campeonato, mas pautada na lei de proteção de dados, informou não poder passar informações contratuais, me restando, como associado, aguardar a prestação de contas para analisar as respectivas notas fiscais e os devidos pagamentos.

Não sou contra buscar essas parcerias, mas tem que ser algo legal e documentado. Também entendo que os árbitros, assistentes e representantes escalados devem ser associados do Safesp e receberem suas taxas diretamente da conta da entidade.

Por questão de logística e por conhecer o perfil técnico e disciplinar dos profissionais a escala regionalizada é um bom caminho e as parcerias fortalecem a arbitragem, porém critérios e regulamentos devem ser cumpridos e mantidos.

Porque não escalar os associados nas competições gerando renda para eles e facilitando o pagamento dos atrasados e da anuidade 2023? Porque não fazer as escalas dessas competições diretamente pelo Sindicato? Está na hora do Sindicato reabrir de fato as portas e não adiante argumentar que está morto, porque não está mais, pois com a grana que entrou dos inadimplentes e das anuidades já pagas deste ano, já somam quase 15 mil reais nos cofres do Safesp.

Também, reforço para aproveitarmos o momento das Assembleias, e incluir nas discussões as prestações de contas dos anos anteriores e a transparência do atual processo, como por exemplo, relação dos inadimplentes que pagaram, relação das anuidades 2023 quitadas ou pagamentos parciais, ficha atualizada dos associados, comprovantes de pagamentos entre outros.

Enfim, botar a maquina para funcionar no geral e não só para criar condições favoráveis a um grupo cumprir com outros interesses que todos sabem qual é.

O Blog tentou contato com o presidente Aurélio Sant’Anna Martins, para que esclarecesse os assuntos aqui abordados, mas infelizmente o mesmo continua não falando com o Blog.

Crédito: Instagram

Mesmo assim, o espaço está aberto e este post será atualizado caso se pronuncie.

quarta-feira, 29 de março de 2023

Sindicato de foras da lei

Em assembleia cercada de ameaças e ao som de cala a boca, diretoria do SAFESP não respeitar Estatuto e comete possiveis irregularidades
Assembleia Safesp - Crédito: Marçal

Na última sexta-feira (24) estive na sede do SAFESP – Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo – acompanhando como jornalista e participando como associado de assembleia convocada pela diretoria para deliberar sobre inadimplentes, anuidades do ano em curso e venda de jazigo em nome da entidade localizado no cemitério da Cantareira.

Como deixei bem claro em matérias anteriores, não sou contra qualquer movimento para reerguer o Sindicato que se encontra fechado desde o início da pandemia e sem quaisquer recursos para as despesas mais básicas como pagamento de impostos, água e luz entre outros. Mas, como também deixei bem claro, sou contra qualquer movimento, mesmo supostamente em favor da entidade, que esteja à margem do estatuto que tem que ser respeitado em qualquer situação e isso é ponto inegociável.

Abaixo um relato da minha participação, do que vi, ouvi e vivenciei na assembleia.

Desde minha chegada à sede na Barra Funda, em São Paulo, por volta das 17:20h e até o final da assembleia, por volta das 19:15h, tudo foi bastante tumultuado. Primeiramente tive que ouvir do associado Benedito Martinho de Oliveira, o Benê, que colhia assinaturas na lista de presença na porta de entrada do estabelecimento, que eu não deveria sequer estar ali, como se fosse a casa dele, mesmo sem ter qualquer cargo na atual diretoria. 

Tive que ser firme para exercer meu direito de assinar a lista de presença o que resultou em pequeno tumulto seguido de várias ameaças e xingamentos, aliás como de praxe deste senhor e quem o conhece provavelmente já presenciou este tipo de comportamento. Entre outros palavrões, Benê me chamou de safado e lambe botas do, segundo ele, ladrão Arthur, presidente da gestão anterior ao qual Benê acompanhava em diversas ocasiões e prestava assessoria jurídica, inclusive em um processo contra mim em 2016.

Tudo aqui relatado pode ser comprovado caso em algum momento seja necessário.

Superado o tumulto, o presidente Aurélio Sant’Anna Martins fez a abertura agradecendo a presença de todos pelos trabalhos de regularização do Sindicato para a entidade ser o que era antes sendo emendado de imediato por José de Assis Aragão dizendo que “apesar de ter muita gente contra”. 

Não Aragão, ninguém é contra a regularização do sindicato e sim da forma como está sendo feita, ou seja, atropelando o estatuto da entidade. Como você mesmo disse, a plenária é soberana e a última plenária sobre o assunto (veja parte do estatuto abaixo) foi bem clara e decidiu que a diretoria não tem poderes para conceder anistia e que excluídos tem que preencher ficha de readmissão e quitar 50% dos atrasados e no grupo dos que pagaram 100,00 reais, pelo menos três consta na lista dos excluídos em assembleia do dia 05 de dezembro de 2003.

Print do Estatuto Social do Safesp aprovado em 5 de dezembro de 2003

Qualquer coisa, entendimento ou interpretação fora disso é rasgar o estatuto não aceitando o que foi decidido em plenária.

Dando sequência a assembleia, foi informado que 101 ex associados, não se sabe quem, pois não foi fornecido lista com os nomes, além de mim é claro, que tornei público meu pagamento, pagaram a taxa de 100,00 reais e dois árbitros federados os 200,00 reais quitando assim todos os possíveis débitos anteriores com o sindicato, o que abasteceu o caixa da entidade com 10.5 mil reais.

Em determinado momento pedi a palavra e argumentei que o estatuto não foi e não estava sendo respeitado e que inclusive, muitos dos anistiados, sequer poderiam, pois em assembleia em 2003, mais de 120 associados inadimplentes foram excluídos e, segundo o estatuto, a única forma da readmissão seria uma nova inscrição aprovado em assembleia.

Bastou dizer isso para receber críticas da maioria dos ali presente, dizendo que eu era do contra, que fui tumultuar e inclusive fui ameaçado fisicamente pelo ex-assistente FPF Carlos Roberto da Silva, o Carlão, aliás um dos que consta na lista dos possiveis excluídos, só não sendo por este agredido devido a intervenção de terceiros, especialmente Nelson Góes e Rita de Cassia Rogério, que atuaram como meus anjos da guarda.

Print do Estatuto com lista dos pré excluidos na assembeleia de dezembro de 2003

Claro que o ato intimidatório vindo de uma pessoa de 2 metros de altura e linguajar chulo se assemelhando a de um gangster inibe qualquer um, muito mais a mim que sou da paz, do diálogo e não esperava essa reação principalmente de um ex-árbitro que deveria agir ao contrário e não usar de ameaças por ter enfrentado isso a carreira toda. 

Apesar de momento tenso, a intimidação não surtiu efeito desejado nem nesta, onde continuei expondo o que entendo errado e nem nas próximas onde, dentro das possibilidades, estarei presente atuando e fiscalizando, mesmo que haja ameaças, gritos e xingamentos, para que o estatuto seja respeitado.

Ainda sobrou tempo para debates com os ex presidentes José de Assis Aragão e Ulisses Tavares da Silva que mesmo debilitado, escorado em uma bengala e com sua arrogãncia conhecida tentou me intimidar gritando para mim calar a boca, me acusando de desordeiro e que eu só estava ali para tumultuar. Para eles, alias, para a maioria dos presente na assembleia, até mesmo por falta de informação, quem contesta algo ou exige que estatuto seja respeitado e cumprido, é do contra, é desordeiro e tentam desqualificar. 

Por isso o titulo do post, pois parecia mais uma reunião de foras da lei não se importando em burlar o que ficou decidido em assembleias anteriores para reerguer o sindicato do que pessoas que respeita a historia do SAFESP e sua carta magna que rege a entidade que é o Estatuto Social.

Teve muitos que discretamente me deram razão e pediram que eu os ajudasse a reviver o sindicato e respondi a todos que vou ajudar, desde que seja dentro da lei, que o estatuto seja respeitado e que nenhuma ameaça ou subterfugio seja usado para favorecer A ou B tornando o sindicato uma entidade fora da lei.

Carlão, em destaque, junto ao grupo da 'intitulada' velha guarda em um bar próximo ao sindicato logo após assembleia - Crédito: oesportepassadoalimpo

O que foi decidido

No meu entender, baseado no Estatuto, esta assembleia como a anterior, são irregulares e as decisões não tem qualquer validade, mas supondo que esteja errado e que as assembleias sejam mantidas pela justiça, pois já foi ajuizado ação pleiteando a nulidade de ambas, passo a descrever abaixo o que foi deliberado e decidido pelas cerca de 50 pessoas presente no evento.

Anuidade:

- Anuidade a vista: 200,00 reais a ser depositado até o dia 30 de abril com depósito no PIX da entidade, que é o CNPJ.

- Anuidade parcelada: 240,00 reais anual com deposito de 20 reais mês no PIX da entidade.

- Anuidade Federados: mesmos valores e prazos dos não federados e porcentual de 1% em cima dos valores das taxas recebidas da Federação Paulista de Futebol (FPF).

- Venda dos dois jazigos no cemitério da Cantareira pela melhor oferta.

Obs. Em uma análise rápida, pelo decidido nas duas ultimas assembleias, todos os associados que quitaram os atrasados e foram readmitidos ou os associados em dia até final de 2022, estarão aptos e adimplentes até 31 de dezembro próximo, último dia do prazo do pagamento da anuidade 2023.

Nas dependencias do Safesp minutos após a assembleia

Bastidores

Conversei com algumas pessoas, algumas delas em off, que informaram situações de pouco ou nenhum conhecimento dos associados e que precisam ser devidamente comprovadas seguida de providencias contra os infratores.

- Questionado sobre parecer de um advogado que possibilitou tomar as medidas na assembleia anterior, Aurélio disse não ter sido redigido um documento e sim em uma conversa informal com um advogado amigo que disse a ele que o estatuto é omisso sobre o assunto e a diretoria poderia decidir.

Obs. O presidente não me disse isso, mas lendo o estatuto, no Art. 89 diz que: 'Os casos omissos neste Estatuto serão decididos pela Diretoria ou em Assembléias Gerais especialmente convocadas'. O que não foi o caso e nem especificado nos editais publicados.

Ocorre que o Estatuto, no Capitulo II - dos socios, suas categorias, direitos e deveres, na seção IV - Das contribuiçoes, da readmissão, da anistia e dos beneficios, não é omisso e deixa bem claro como print de parte do Estatuto postado acima.

Tambem fui informado:

- Que houve retiradas de 10 mil mês dos caixas da entidade na administração anterior sem recibos de comprovação da utilização dos recursos.

- Que essas retiradas tirou a isenção de impostos da entidade acumulando uma dívida de cerca de 400 mil reais em processo administrativo em curso.

- Que, consultado em live, a presidência da Federação Paulista de Futebol (FPF), concordou em repassar o montante da premiação dos melhores árbitros do Campeonato Paulista, cerca de R$ 300 mil reais, para serem divididos entre todos do quadro e usado para ajudar os mais necessitados durante a pandemia. Porém ao haver a concordância entre os árbitros, a direção da FPF voltou atras alegando que os clubes teriam vetado por conta de a verba ser para destinação exclusiva de premiação do campeonato.

- Que após enchente, o piso do térreo danificou e o concerto foi realizado com o pagamento sendo realizado diretamente no cartão de credito pessoal do tesoureiro Fabricio Porfirio, sem ressarcimento até o presente momento.

É o relato do que houve.